B om dia. Nesta oportunidade com cabeças ainda frescas da campanha e das eleições, quero fazer algumas críticas à comunicação da generalidade dos partidos da oposição. Esta mentalidade existe, fazem uma ação ou evento, sai na comunicação social e sentem-se vaidosos e concretizados. Nada mais errado. Certamente já repararam que muitos jornalistas se tornaram ainda mais descarados em favor do PSD nestas eleições e a vitória deu-lhes força para mais do mesmo. Eles sentem-se bem vistos pelo poder reinante e mais capazes de receber benefícios-prenda, quando precisarem. Eu poderia publicar uma lista dessa gente e o que receberam, mas certamente o Madeira Opina ia me pedir prova, como sabem, eles têm a legalidade do ilícito.
Vamos por outro caminho, o que me traz ao MO, a comunicação da oposição. Critico os partidos oposicionistas que cingem a sua comunicação à Comunicação Social controlada pelos oligarcas ou jornalistas do partido, JM, DN e RTP-M que tem uns jornalistas pela orelhinha. Os órgãos dependentes do erário público, tal como qualquer tachista do PSD, aposta no PSD para não perder os benefícios.
Há muita forma de beneficiar o partido que querem que ganhe, "mastigando" a notícia, contrapondo com outra ao lado, dando menos destaque na página par, um tempo curto no fim do telejornal depois de cansados de Governo e PSD, aqui não se "cansam"?
Os partidos de oposição que limitam sua comunicação apenas aos meios de comunicação social controlados pelo partido dominante, cometem um erro estratégico grave. Há muitos que acham que têm amigos nesses órgãos de comunicação social, o mais estúpido é o P.S. - Madeira. Essa abordagem coloca-os em clara desvantagem por várias razões.
De uma forma generalizada, eis o que se nota:
Dependência de uma narrativa enviesada: se os meios de comunicação são controlados pelo partido no poder, a informação será filtrada para favorecer esse partido. Isso significa que a oposição terá menos espaço para expor suas ideias de maneira justa e poderá ser alvo de manipulações, cortes ou deturpações.
Falta de contacto direto com o eleitorado, um comunicado na íntegra é um contacto directo, "mastigado" não. Em vez de procurar formas alternativas e independentes de comunicação, estes nosos partidos da oposição acabam confiando num canal que não lhes é favorável. Que gera comparação e exposição negativa. Quantas vezes as melhores áreas de cobertura do partido são os seus conflitos internos? Assim se perde a oportunidade de dialogar diretamente com a população e criar uma narrativa própria. A narrativa da oposição é aquela que os Órgãos de Comunicação Social querem.
Redução do impacto da mensagem, com isto quero dizer que qualquer comunicação que passe por um filtro hostil tende a perder força. Se a oposição quer ser eficaz, precisa encontrar formas de divulgar as suas propostas de maneira clara, sem depender da boa vontade de veículos alinhados ao governo. E deve ser eficaz e não enveredar por graçolas, soundbits, ou cair nas linhas vermelhas do partido opositor, como não falar de arguidos e do que são acusados. Isso não é um facto na governação? E é desmerecido?
Noto falta de inovação e adaptação aos novos tempos, os partidos da oposição não sabem fazer campanhas com inovação, por isso se diz. mais do mesmo e nisso o PSD ganha. Atualmente, existem inúmeras ferramentas digitais (redes sociais, podcasts, plataformas de vídeo, grupos de discussão online) que permitem que partidos levem sua mensagem diretamente ao público. Ignorar essas alternativas e depender apenas da imprensa tradicional controlada pelo governo é uma tática ultrapassada e ineficaz. Faço notar os ataques que o Planeta do DN-M faz à plataforma MO, não tenham medo de cair nessa página, é a exposição do que lhes dói.
Nota-se no PSD e cada vez mais na oposição, a desmobilização da sua própria base, no PSD são obrigados pela dependência, a mesma que faz votar. "Ajudei, ajudem-me". Eleitores que simpatizam com a oposição podem se sentir desmotivados se perceberem que seu o partido não tem uma estratégia forte para comunicar suas ideias e enfrentar o domínio do partido no poder. Isso pode levar à desmobilização e à perda de apoio eleitoral. Os eleitores da oposição não sufragam gente menor mas os do PSD votam nas suas regalias.
Se um partido oposicionista quer ser bem-sucedido, tem de diversificar as suas estratégias de comunicação, investir em meios próprios e construir uma narrativa autêntica e acessível, sem ficar à mercê de um sistema de informação que joga contra si.
A vaidade de aparecer nos órgãos tradicionais do PSD... mata. Os partidos da oposição já têm um trabalhinho para se organizarem para as próximas eleições, ou vão ser bananas outra vez? Vão na conversa deles, tenham medo. Do que eles têm medo fazem notar, aprendam a apreciar. Faz-me impressão caírem no mesmo erro e terem a mesma mentalidade de muitos madeirenses. Quando estes beberem informação nova, são capazes de mudar.
Há órgãos de comunicação social que usufruem da pluralidade de elementos da oposição e usam-nos como homens e mulheres bomba nos seus partidos, por isso destacam-nos...
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