A ‘sondagem’ que hoje saiu no Jornal da Madeira (esperemos pela próxima no Diário de Notícias) confirma o que já se sabia: o PSD vai fazer de tudo – e quando digo de tudo, é mesmo de tudo – para se safar.
- Fala-se de 801 pessoas inquiridas, por telefone segundo se percebe – o que numa terra como a Madeira, onde o medo nem existe, poderá ser boa maneira para saber se as pessoas lavam a roupa com Clarim ou Skip, mas não é o caminho seguro para saber em quem é que votam;
- a população da Madeira anda à volta de 250 000 pessoas e foram ouvidas 801, ou seja 0,33%;
- nesta ‘sondagem’ não se percebe bem o universo abrangido, mas talvez seja melhor não clarificar demasiado, não vá alguém perceber as ‘regras da jogada’;
- daqueles 801, 18%, isto é, 144, declaram-se indecisos;
- por um qualquer milagre que se desconhece, não houve mesmo ninguém que não tenha respondido – quer dizer, deve ter havido alguém que respondeu duas vezes já que a soma de todas as percentagens dá 100, 20!;
- ora, ninguém responder é praticamente impossível e só ‘acontece’ por duas razões: ou se esconde quantos não responderam, ou eles são distribuídos como dá jeito, por forma a beneficiar alguém;
tudo somado, resulta numa razão para desconfiar dos resultados finais do número de deputados: 24 PSD, 10 PS, 6 JPP, 3 CH, 1 IL, 1 CDS, 1 CDU, 1 PAN.
Posto isto, não é difícil pensar que esta ‘sondagem’
- é um artifício, procurando convencer os eleitores que ‘a vitória do PSD está garantida’ e que o apoio ao Albuquerque é esmagador, tanto que até vai dar maioria absoluta;
- e é uma jogada dirigida aos eleitores que não elegem o grupo dos 24, tentado desmotivá-los porque ‘a batalha está perdida’.
São manhas velhas e repetidas, muito usadas por quem está mais aflito e arranja esquemas para influenciar e enganar os eleitores; aquilo a que agora se chamam ‘fake news’.
O que é que nos compete, como eleitores? Votar, sair de casa e votar.
- Se todos nos convencermos que não há espelhos nem sistemas para ver em quem votamos;
- Se recusarmos aquela chantagem de mostrar a fotografia da cruz no quadradinho do boletim de voto;
- Se mostrarmos como estamos cansados de fracassos sucessivos, de gente que só se lembra que existimos em vésperas de eleições e, mesmo aí, chegam-se a nós para comprar o apoio para continuarem no poder,
- O voto será realmente um contributo para mostrarmos como estamos cansados de uma governação de 50 anos sempre a piorar;
- O voto é a vontade de querer, e fazer por ter, uma vida melhor;
O voto é – a sério que é – a melhor forma de dar a esta desgovernação um grandessíssimo ‘pontapé no rabo’!
Clara Sofia
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 18 de março de 2025
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