PSD: campanha condicionada e futuro.

 

É evidente que o PSD Madeira está com uma campanha eleitoral a meio gás. Os esquemas de financiamento foram descobertos e ninguém arriscas, mas também os mecenas estão marcados. Por outro lado, alguns secretários e o Presidente estão a perceber o alcance das suas perseguições e condicionamentos democráticos. Não pensem que foram só os "pupilos" de Manuel António Correia. O partido vem sendo dividido desde a primeira tomada de posse, Albuquerque nunca soube unir. O PSD dos quadros está agora, pelos quadros elegíveis segundo os critérios da atual liderança mais pequeno do que a JPP que tem uma estratégia de "sociedade civil" que vai revelar, porque está tudo combinado, se tiver sucesso. O Ferry também está, de facto, negociado.

Mas não estou aqui para falar de eleições ou vitórias, venho falar de derrotas e derrota não é só quando se perde, é quando não se alcança s objetivos. Albuquerque repetiu na rua entrevista as mesmas mentiras da última vez, alguém vai acreditar?

Quando um partido sofre uma grande derrota eleitoral, podem ocorrer várias consequências, dependendo da gravidade do resultado e do contexto político. O PSD está encostado às cordas, Albuquerque esticou demais para ficar. Se tiver uma derrota, deve sair, até porque logo à partida, se nenhum partido da oposição quer fazer acordos de Governo com ele, está claro que antes das eleições está derrotado. Aposto que este facto, de não poder fazer Governo com ninguém e a maioria absoluta é miragem que dá ao JPP a vantagem no argumento.

Mesmo com a sondagem do DN anunciada, pelo que vejo na praça, o PSD pode ganhar mas será uma derrota pelo que já expus. Assim, temos estas repercussões depois das eleições:

1. Mudança na liderança

O líder pode, vai ser pressionado a demitir-se ou a convocar um congresso interno para avaliar o futuro do partido. O "mancha negra", Ramos Jr, quer Rafaela Fernandes ou Eduardo Jesus (a primeira está na Lista e legitimada porque é elegível), ou outros querem eleições. Surgirão disputas internas entre diferentes fações para assumir o controlo e o PSD vai conhecer um período que muito promoveu na casa dos outros.

2. Reflexão e reestruturação interna

O partido pode realizar análises internas para entender as razões da derrota. Como se fosse preciso. Pode haver tentativas de reformular a estratégia, o discurso político e as propostas para reconquistar eleitores. Tudo novo, até refundar, seria o ideal porque o PSD precisa de limpeza.

3. Perda de influência política

Será tão doloroso, um partido que governa há 48 anos sem poder, alguns só vão perceber como funciona a democracia agora. Será doloroso perder o poder e ficar na oposição. No parlamento, uma bancada reduzida significa menos tempo de antena e menor capacidade de influência. As Comissões de Inquérito deixarão de ser manipuladas.

4. Fragmentação ou alianças inesperadas

Em alguns casos, um partido muito enfraquecido pode dividir-se, com membros saindo para criar novos partidos. Nunca se previu isto no PSD-M, mas e se os que perderam pretendem continuar e reconquistar o poder? Não resta outra solução aos outros do que partir para outro partido. O PSD pode ser forçado a procurar coligações ou acordos para manter alguma relevância.

5. Dificuldades financeiras

Muitos partidos dependem de financiamento público baseado nos votos e mandatos conquistados. Uma grande derrota significa menos fundos e influência porque sem governo já não "brincam" com o dinheiro público. Também pode perder apoiantes e doadores privados, os interesseiros...

6. Mudança no panorama político

Um partido derrotado pode ser substituído como principal força de oposição ou até entrar num longo declínio. Pode surgir um novo partido ou liderança alternativa que ocupe o seu espaço político. Não é impossível porque as ações judiciais vão incrementar.

No fundo, uma grande derrota pode ser o início de uma verdadeira "renovação" ou o princípio do fim para um partido. Depende muito da capacidade de adaptação e de como reage à nova realidade política.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 10 de março de 2025
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