Um defunto e uma marioneta - O Golpe elitista


J á não é novidade para ninguém que Miguel Albuquerque nunca esteve tão perto da "cova"; deve já sentir o cheiro a terra molhada. Mas também é verdade que já lá teve os pés e, por um fio de cabelo, conseguiu ser resgatado pelas elites, que não tinham outra opção senão agarrar-se ao quase defunto para garantir a sua própria sobrevivência. No entanto, acabará por ser enterrado da pior forma: sepultado pelo povo, cansado dos truques de ilusionismo e das intermináveis vidas do presidente do desgoverno regional.

Resta saber o que farão as elites para se manterem. Aliás! Resta torná-lo público, porque a estratégia já está delineada – e, mais uma vez, por um fio de cabelo. Aí vem mais um truque de ilusionismo que de democrático tem pouco ou nada. Mais uma vez, as famílias do sistema preparam outra marioneta para que possam continuar nos lugares onde estão: em cima do povo! Espezinhando-o, massacrando-o, aproveitando-se dos mais infelizes, dos pobres que trabalham, trabalham e trabalham e, ainda assim, não conseguem sequer pagar as suas casas. Que indignidade!

A previsão é que, não sendo possível formar governo com Miguel Albuquerque, a comissão política do PSD se prepare para dar um mortal – daqueles à retaguarda, muito difíceis, que, quando correm bem, até são bonitos de se ver. Até teria piada, se não fosse deplorável assistir a este circo. Esse número circense consiste na escolha (unilateral, diga-se) de um novo elemento para presidir ao executivo do governo – uma marioneta, como disse. Li há pouco, nesta página, que vinha aí um “turista”; a mim, parece-me demasiado óbvio até.

Fecha-se o cerco, preparam-se as armas para o combate político. Um presidente do governo que não foi sufragado nas urnas e que nem sequer constava da lista! Usa-se e abusa-se da democracia para isto: para que todos se mantenham onde estão. Teria sido mais democrático realizar eleições internas no PSD e permitir que o tal “turista” se candidatasse, mas aí os boys poderiam perder o seu lugar – e ninguém estava disposto a correr esse risco. Então, seguraram-se a Miguel Albuquerque até à última, para agora tentarem meter lá um tipo que nada traz de novo.

O que estas famílias elitistas se esquecem é que o estado deplorável a que chegou o PSD não é apenas responsabilidade de Miguel Albuquerque – é deles! Alimentaram-se durante anos de um sistema sustentado pelos tristes militantes e pelo povo. Usam-nos como peões num tabuleiro de xadrez, com a promessa de que um dia chegarão a cavaleiros. Que tristes são os enganados...

É fácil de entender na lengalenga dos outros partidos, que se vendem facilmente por meia dúzia de trocos, quando dizem que até podem apoiar um governo do PSD, mas sem Miguel Albuquerque. O triste vai agora sentir na pele o que o povo sente todos os dias - vai sentir o que é ser usado e descartado.

Espero que os usados e explorados, os militantes do PSD e o Povo se apercebam do que aí vem, do golpe que as elites preparam nos bastidores, e que votem com essa consciência. Há males que vêm por bem – e o PSD ser oposição talvez traga a humildade que perdeu e que tanto precisa.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 7 de março de 2025
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