Prévia: o Madeira Opina é importante para se ler outras abordagens, segue a minha abordagem.
O Pedro Calado é um zero à esquerda levado ao colo pelo sistema, tem a propaganda toda que quiser, as omissões também! Está em todas para galgar de novo, agora também é secretário geral da Associação Europeia Internacional de Armadores de Portugal (um nome com muita cagança), está com saudades da vice-presidência com todos os poderes ou tem cargos em tudo o que mexe para aparecer? A associação não tem presidente? Agora que "abateram" o Manuel António Correia e Albuquerque está revitalizado, sente a porta aberta.
Quero salientar que Calado padece do mesmo problema de Albuquerque, quando cagança e o controlo é muito, o destino castiga. Neste caso, infelizmente, dá lição mas com as pessoas erradas.
Todos nós temos assistido a obras para gastar dinheiro da bazuca, a antiga estrada do aeroporto é um belo exemplo de rococós, tantos que parece que nem respeitam os camionistas, "padroeiros" do sistema. Constroem tudo, passeios onde não existe gente para andar, mas ciclovias ... nada. Calado mandou abater.
A morte de um ciclista atropelado em São Martinho, no Funchal, ontem, dia 4 de maio de 2025, voltou a destacar a falta de infraestrutura segura para quem opta por se locomover de bicicleta nesta cidade, toda a cidade. Há passeios onde não há gente a circular, que poderiam ser muito bem ciclovias para aqueles que fazem a manutenção do seu físico. O acidente, que resultou em mais uma vítima fatal numa cidade que deixou de apostar em ciclovias funcionais, levanta questões sobre as escolhas políticas que vêm sendo feitas em termos de mobilidade urbana.
Quando assumiu a presidência da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado foi responsável por medidas que foram no sentido inverso das tendências modernas de mobilidade sustentável. Em vez de apostar na criação de ciclovias, optou por eliminar algumas já existentes e não apostar em mais. Em 2021, anunciou o fim de 500 metros de ciclovia na entrada da cidade, construída pelo mandato anterior, para devolver espaço ao tráfego de veículos, que diga-se, ficou pior e acanhado. Em 2022, houve a remoção da ciclovia na Ponte do Ribeiro Seco, convertida em faixa prioritária para veículos de emergência, táxis e autocarros.
Essas decisões foram justificadas, pelo então autarca, com argumentos como o "bom senso", a fluidez do trânsito e as "necessidades da população". No entanto, o resultado prático foi a marginalização total dos ciclistas e a perda de qualquer incentivo real à mobilidade ativa e sustentável na cidade do Funchal.
Com a notícia da morte de um ciclista num cenário urbano, que desprotege quem se desloca sobre duas rodas, torna-se impossível não questionar: quantas mortes mais serão necessárias para se compreender que a ausência de ciclovias não é neutra, é uma escolha política que tem consequências reais. Gastam dinheiro em rococós para consumir a bazuca, mas ciclovias não.
A cidade precisa urgentemente de repensar as suas prioridades. A aposta exclusiva no carro, em detrimento da segurança e da vida de quem escolhe formas de mobilidade alternativas ou para manutenção (exercício físico), não é apenas um erro estratégico, é uma irresponsabilidade.
Acabem com o "trumpismo" convencido e errante.
As minhas condolências à família do jovem médico.
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