É esta gente que anda a educar os nossos filhos?
M aio de 2025 e a escola de Santo António e Curral das Freiras promove ideias racistas como o conceito de RAÇA – o que para além de ser um erro científico é um crime. Por lá continuam a promover a superioridade da raça branca e porventura ainda defende a existência de jardins zoológicos humanos!
Na tapeçaria diversificada que compõe a Madeira, Portugal e a União Europeia, a ideia de "raça" não é um fio condutor de identidade, mas uma cicatriz histórica que teima em reabrir feridas. Longe de ser uma categoria biológica válida, o conceito de raça é uma construção social carregada de um legado de opressão, exploração e desigualdade e discriminação no contexto dos valores e princípios que a União Europeia proclama defender.
Esta gente parece não saber - o que se lamenta- pois são professores, mas a ciência moderna há muito desmantelou a noção de raças humanas distintas com base em características biológicas significativas. A variabilidade genética dentro de grupos populacionais ditos "raciais" é maior do que entre eles, demonstrando a fluidez e a interconexão da história humana. Quando estes professores nesta escola reduzem a complexidade da identidade humana a categorias simplistas e arbitrárias como "branco", "negro" ou "asiático" é, portanto, um exercício falacioso e desprovido de fundamento científico.
Mas existem muitos professores que continuam a promover, o conceito de raça como ferramenta social e política - São os professores que não gostam de cubanos - miras - pretos - asiaticos. Historicamente, foi o conceito de raça que justificou a escravidão, o colonialismo e o genocídio, estabelecendo hierarquias artificiais que privilegiavam um grupo em detrimento de outros. Essa herança sombria continua a moldar as sociedades europeias, manifestando-se em formas de discriminação sistémica que afetam indivíduos e comunidades inteiras.
Promover e divulgar teorias RACISTAS é crime.
Será que este diretor não sabe que, a invocação do conceito de raça perpetua e exacerba a discriminação de diversas maneiras:
- Estereotipagem e Preconceito: A categorização racial alimenta estereótipos simplistas e negativos associados a determinados grupos. Estes estereótipos, enraizados em narrativas históricas de inferioridade, permeiam o imaginário social, influenciando atitudes, crenças e comportamentos. Indivíduos são frequentemente julgados e tratados não pelas suas qualidades individuais, mas pelas características generalizadas e muitas vezes pejorativas atribuídas à sua "raça".
- Discriminação Institucional: As categorias raciais infiltram-se nas estruturas e políticas institucionais, resultando em discriminação sistémica. Isso manifesta-se em disparidades no acesso à educação, ao emprego, à habitação, à justiça e aos serviços de saúde. Estudos demonstram consistentemente que indivíduos pertencentes a minorias racializadas enfrentam maiores taxas de desemprego, são mais propensos a serem revistados pela polícia e têm menor probabilidade de receber sentenças justas.
- Racismo Interpessoal: O conceito de raça serve como base para atos de racismo interpessoal, que variam desde microagressões e insultos até violência física. A crença na superioridade de uma "raça" sobre outra desumaniza o "outro", legitimando o tratamento desigual e prejudicial.
- Marginalização e Exclusão Social: A identificação e o tratamento de indivíduos com base na sua "raça" podem levar à sua marginalização e exclusão social. Comunidades racializadas podem ser segregadas geograficamente, ter acesso limitado a recursos e oportunidades, e serem excluídas da plena participação na vida cívica e cultural.
- Obscurecimento da Diversidade: Ao focar em categorias raciais amplas e imprecisas, obscurece-se a rica diversidade cultural, étnica, religiosa e nacional que caracteriza a União Europeia. Reduzir indivíduos à sua "raça" ignora a complexidade das suas identidades e experiências.
A União Europeia, fundada nos princípios da igualdade, da dignidade humana e do respeito pelos direitos humanos, tem o imperativo moral e legal de combater todas as formas de discriminação, incluindo aquelas baseadas em "raça". Reconhecer o conceito de raça como uma construção social inerentemente discriminatória é o primeiro passo crucial para desmantelar as estruturas de desigualdade que ele sustenta.
Em vez de perpetuar categorias raciais divisivas, o diretor e os professores da escola de Santo António deviam concentrar-se na promoção de uma cultura de inclusão, respeito e igualdade para todos os seus alunos, independentemente da sua origem étnica ou cor da pele. Isso deve exigir um compromisso contínuo com a educação antirracista, a implementação de estratégias que combatam a discriminação sistémica e o apoio a iniciativas que celebrem a diversidade em todas as suas formas.
A escola devia ser verdadeiramente um espaço de justiça, equidade e coesão social para todos os que a frequentam. A superação desta herança discriminatória não é apenas uma questão de justiça para as vítimas do racismo, mas também um passo essencial para a realização dos próprios ideais que fundamentam a própria escola e o projeto europeu.
É essencial que o Secretário da Educação não deixe passar em claro esta violação dos princípios agregadores que pretendemos para a nossa sociedade e tome medidas para evitar que situações como estas se perpetuem.
RACISMO NUNCA MAIS
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