Eduardo Jesus e o prémio de ouro para o stand de plástico


O ra então, o nosso malcriado Eduardo Jesus - secretário da mal educação e cultura - volta a brilhar, desta vez com mais um prémio que ninguém pediu, ninguém sabe como foi atribuído, mas que já está emoldurado na parede da vaidade oficial. Diz que o stand da Madeira foi eleito o melhor da feira. Sim, aquele mesmo. O que parece uma montra de loja de perfumes cara, mas que cheira a fritos de evento pago com dinheiro público.

Claro que ganhou. Com o orçamento de enfeites que usaram, dava para tapar metade dos buracos das estradas regionais. Puseram luzes, painéis, uma máquina de fazer vento e, provavelmente, uma fonte que canta o hino regional em três línguas. Se não ganhasse, era caso para abrir inquérito parlamentar.

Mas vamos ser justos: o stand estava de facto muito bonito. Totalmente vazio de conteúdo, mas bonito. Uma alegoria perfeita ao estilo Eduardo Jesus, mau gosto e zero profundidade. Vendem turismo como quem vende um frasco de creme anti-rugas: caro, reluzente e com promessas milagrosas.

E quem é que deu o prémio? Uma entidade independente? Um júri internacional? Nada disso. Aquilo soa mais a "troca de favores em cocktail de networking". A Madeira, pelos vistos, não exporta só bananas, exporta prémios fabricados à medida, embrulhados em discursos cheios de buzzwords: “sustentabilidade”, “inovação”, “experiência sensorial”, e outras palavras que soam bem e não querem dizer nada.

Eduardo Jesus devia candidatar-se ao Nobel da Cosmética Política. Porque transformar um stand numa vitrina de ego é uma arte. E ele é, sem dúvida, o Picasso da maquilhagem institucional.

No fundo, o prémio é justo: deram-lhe o troféu de melhor stand porque ainda não criaram a categoria “Quem Gastou Mais Dinheiro em Futilidades Com Ar de Luxo”.

Parabéns, Eduardo. Mais um prémio para a colecção, mais uma cortina de fumo. A ilha está cheia de problemas reais, mas ao menos temos stands lindíssimos.

Enviar um comentário

0 Comentários