Exposição Formal – Conduta da Dra. F. C., Diretora da Segurança Social
Exmo(a). Senhor(a),
N a qualidade de trabalhador(a) com cerca de 27 anos de serviço efetivo nesta Instituição, venho, através da presente exposição, apresentar um relato fundamentado e circunstanciado acerca da conduta da Dra. F. C., atual Diretora da Segurança Social, cuja atuação tem suscitado profunda preocupação entre os trabalhadores e comprometido gravemente a eficácia e o bom ambiente laboral nos serviços.
Desde o início da sua nomeação para funções de direção, a Dra. F. C. tem revelado comportamentos incompatíveis com os deveres de transparência, zelo, lealdade institucional e respeito pelos princípios que regem a Administração Pública. É do conhecimento generalizado que a referida Diretora mantém, de forma reiterada, milhares de mensagens de correio eletrónico por responder, o que tem prejudicado o normal funcionamento dos serviços e colocado em causa o regular acompanhamento de processos.
Importa ainda salientar que a comunicação com o Senhor Vice-Presidente da Instituição é, frequentemente, feita por via exclusivamente telefónica, com o aparente objetivo de evitar registos formais e documentados, ocultando assim informações relevantes da estrutura superior e impossibilitando a adequada fiscalização da sua atuação. Tal comportamento contraria frontalmente os princípios da legalidade, responsabilidade e rastreabilidade administrativa.
Acresce que a Dra. F. C. tem, ao longo do tempo, adotado posturas de natureza intimidatória e persecutória relativamente a diversos trabalhadores. Estas atitudes, dissimuladas e persistentes, incluem instruções verbais para que os funcionários evitem o contacto entre si, fomentando divisões internas, isolamento, intrigas e um ambiente de trabalho manifestamente tóxico e desagregador. Tais práticas atentam contra os deveres legais de urbanidade e respeito, previstos no Estatuto Disciplinar da Administração Pública, e configuram uma clara violação do princípio da dignidade no trabalho.
A sua postura, muitas vezes marcada por dualidade de comportamentos, nomeadamente a dissimulação de intenções perante superiores hierárquicos, reforça a perceção de que o cargo é exercido com motivações alheias ao interesse público, baseando-se em jogos de influência, e não em critérios de mérito, competência e integridade.
Tendo em conta o exposto, e em nome da defesa do serviço público, da dignidade profissional dos trabalhadores e do regular funcionamento da Segurança Social, solicita-se que esta exposição seja devidamente analisada pelas instâncias competentes, com vista a uma avaliação rigorosa da manutenção da Dra. F. C. na função de direção que atualmente ocupa.
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