Novo incompetente, e vão 3: demitam Martim Santos da RTP-M... Já!


Nem sei por onde começo, espero que fiquem por aí, vale o esforço.

A situação na RTP-M, com a centralização da distribuição regional em Lisboa, levanta questões importantes sobre a autonomia, a produção televisiva e as relações entre a estação e o Governo Regional da Madeira. Vamos por pontos:

O que é que significa a produção em TV?

A produção televisiva é o processo de criação de conteúdos para a televisão, desde a ideia inicial até à sua emissão. Envolve uma série de fases, designadas por produção:

  • Pré-produção: Pesquisa, escrita de guiões, planeamento, orçamentação, escolha de locais, casting, etc.
  • Produção: Gravação, reportagem no terreno, entrevistas, programas de estúdio.
  • Pós-produção: Edição de vídeo e áudio, grafismos, efeitos especiais, sonorização e legendagem.
  • Emissão/Distribuição: Colocar o conteúdo no ar, seja em direto ou pré-gravado, e garantir que chega aos telespectadores.

Quando se fala que a distribuição regional da RTP-M passa a ser gerida a partir de Lisboa num centro que funcionará 24 horas, significa que, embora os conteúdos possam continuar a ser gerados localmente, a decisão final sobre o que vai para o ar, como e quando, pode ser tomado a milhares de quilómetros de distância em qualquer parte do mundo, com a tecnologia atual, neste caso em Lisboa.

Isto é mais do que uma mera questão técnica. É uma questão de controlo editorial e de identidade regional!

Vai ser de Lisboa que se decide a imagem que vai para o ar?
Num direto, por exemplo. Que tacto têm para questões regionais?
Será sempre uma câmara só?

Esta é a pergunta central e mais preocupante. Se a gestão da emissão passa para Lisboa, a autonomia editorial do centro regional da Madeira fica seriamente comprometida e não é como o diretor da RTP-M diz! Quem em Lisboa vai decidir qual notícia local é mais relevante? Quem vai determinar a ordem dos blocos informativos? Como será gerida a transmissão de eventos regionais em tempo real?

Há um risco real de que a perspetiva de Lisboa prevaleça. Notícias que são de vital importância para a Madeira podem ser desvalorizadas ou mesmo ignoradas em detrimento de uma lógica de programação mais centralizada ou "nacional". Chama-se filtragem e prioridades. 

Os jornalistas e técnicos da RTP-M conhecem a realidade madeirense. Lisboa não tem essa sensibilidade diária, o que pode levar a decisões editoriais descontextualizadas ou a uma cobertura superficial de temas locais. Para mim isto chama-se conhecimento no terreno. Sabemos quão pueris são alguns jornalistas vindos do continente, apesar da sua valentia por estarem fora do meio. Eu não me esqueço dos problemas regionais em matéria de jornalismo, não será isto um reverso da medalha?

A autonomia editorial não é apenas sobre o que se produz, mas sobre quem decide o que é visto, ouvido e como é apresentado. Com a gestão da emissão em Lisboa, a Madeira arrisca-se a perder a sua voz e a ser "vista" através de um filtro centralizado, o que é um retrocesso enorme para 50 anos de autonomia.

Os centros regionais da RTP têm um estatuto de autonomia e de serviço público regional, e a sua atuação deve refletir as especificidades e necessidades das regiões autónomas. Na prática, existe uma interlocução constante entre a direção da RTP-M (neste caso, Martim Santos) e as entidades do Governo Regional, especialmente a nível da Presidência e das secretarias regionais com pelouro na comunicação ou cultura. Martim Santos deu a conhecer a sua decisão ao Governo Regional?

Eu conheço os problemas da Madeira, o controlo, mas isto é um caso de perder autonomia.

Esta interlocução deveria garantir que a RTP-M cumpre a sua missão de serviço público na Madeira, respondendo às suas necessidades informativas e culturais. Contudo, com a centralização em Lisboa, essa relação torna-se ainda mais delicada. Se a voz da Madeira é suprimida a nível da emissão, a capacidade do Governo Regional de influenciar e defender os interesses da região através do seu canal público é drasticamente reduzida.

Volto a dizer, conheço os problemas da Madeira, o controlo, mas isto é um caso de perder autonomia.

Como é que um Diretor chega à inexistência de quadros para algo tão básico?!

Esta é uma das críticas mais "duras" e válidas para pedir a demissão de Martim Santos. A justificação para a centralização em Lisboa, baseada em "problemas laborais e carência do número de recursos humanos", com a incapacidade de recrutar recursos humanos ao ponto da inexistência, porque dois vão para a reforma, é, no mínimo, chocante e levanta sérias questões. É como extinguir cirurgiões num hospital.

Não tem pulso para liderar e enfrentar!

É inacreditável que uma estação de serviço público não consiga planear a sua sucessão de quadros. A saída de dois funcionários para a reforma é um evento previsível! Como é que não se antecipou a necessidade de recrutamento ou formação? Isto aponta para uma falha gravíssima na gestão de recursos humanos e na estratégia a longo prazo. Chamo a isto má Gestão e planeamento: 

Será que esta "carência" é uma incapacidade real de recrutar ou uma estratégia para justificar a centralização e, consequentemente, um desinvestimento no centro regional? A narrativa de "não há pessoas" é conveniente para justificar a transferência de competências e de controlo. Chamo a isto desinvestimento deliberado.

Argumentar que uma região inteira, com as suas universidades e recursos humanos, é "incapaz" de fornecer dois elementos para uma estação de TV regional é uma desvalorização flagrante e um insulto à inteligência dos madeirenses. E mesmo faltando, não se abre concurso nacional? Chamo a isto desvalorização da região e falta de vontade de preservar a estação.

Gerir a emissão de uma estação de televisão não é "básico" no sentido de ser simples, mas é uma função fundamental e intrínseca a qualquer canal de televisão. A incapacidade de manter esta competência vital na Madeira é um sinal de alarme.

A decisão de centralizar a distribuição da RTP-M em Lisboa, sob o pretexto de falta de recursos humanos, é um ataque direto à autonomia da Madeira e ao princípio do serviço público regional.

Esta medida representa um retrocesso brutal em 50 anos de autonomia. Depois da alegada ingerência da UE nas obras, agora a própria identidade televisiva da Madeira é posta em causa. É um ato de fraqueza regional, depois de tantos superlativos, que limita a capacidade da Madeira em contar a sua própria história, pelos seus próprios meios. Chamo a isto uma clara regressão da Autonomia.

A RTP-M corre o risco de se tornar um mero "posto de reportagem" para Lisboa, perdendo a sua capacidade de ser um espelho fiel da vida madeirense e um agente ativo na promoção da cultura e dos valores locais.

A essência do serviço público regional é servir a região. Esta decisão parece ir contra esse princípio, priorizando uma eficiência centralizada duvidosa em detrimento da proximidade e da relevância local. Chamo a isto desrespeito pelo Serviço Público!

Esta situação na RTP-M não é apenas um problema operacional ou de gestão. É uma questão política e cultural profunda que afeta a autonomia e a identidade da Madeira. É fundamental que haja uma forte contestação a esta decisão, sob pena de a RTP-M perder a sua razão de ser regional e a Madeira ver a sua voz ainda mais silenciada.

E... porque conheço os problemas da Madeira, o controlo, mas isto é um caso de perder autonomia, que se aproveite o momento para limpar a estação dos jornalistas do tipo polícia política, porque senão correm o risco dos madeirenses, em geral, não se importar com isto e até gostarem para desta forma de acabar a manipulação informativa!

E... mudando este diretor, não metam o outro "padre" que anda louco para o tacho.

Estamos num tempo de precedentes medonhos, demitam quem os promove!

Enviar um comentário

0 Comentários