Pelo dicionário do Eduardo: o cabrão do Aedes Aegypti reapareceu


N estas últimas horas, tenho sentido em minha casa o reaparecimento em força do Aedes Aegypti. É preciso entender que a massificação do turismo e da mão de obra de outras paragens, traz o risco de novas doenças a que não estávamos habituados na Madeira. Ninguém diz, mas estamos particularmente vulneráveis à introdução e disseminação de novas doenças transmitidas por este vetor. 

Não é só aumento do custo de vida, da habitação, do açambarcamento de lugares públicos, vias de comunicação e locais de lazer, conte também que o mosquito encontra condições favoráveis para se estabelecer e reproduzir na ilha, e que a população local é suscetível a estas doenças. O clima subtropical da Madeira, com temperaturas amenas e humidade, é ideal para o ciclo de vida do Aedes Aegypti durante grande parte do ano, permitindo a sua proliferação. Se quiserem ir pelo dicionário do senhor Eduardo, com o Tropical piora.

A presença do Aedes Aegypti na Madeira abre a porta não só a mais casos de dengue, mas também a outras doenças virais que são transmitidas pelo mesmo mosquito e que são prevalentes em muitas partes do mundo. Estamos a falar de vírus como:

  • Chikungunya: causa febre alta, dores articulares severas e persistentes.
  • Zika: associado a sintomas como febre, erupções cutâneas e, em casos mais graves, a complicações neurológicas e microcefalia em bebés de mães infetadas durante a gravidez.
  • Febre Amarela: embora menos provável de ser introduzida em massa devido à vacinação e à sua distribuição geográfica mais restrita a certas áreas, o potencial teórico existe se houver portadores e o mosquito estiver presente.

Mesmo que as autoridades não se tenha mexido ainda, neste ano, a sua prevenção é a chave. A mobilidade global traz benefícios e dissabores, aumenta a responsabilidade de cada região em proteger a sua saúde pública. A reincidência do Aedes Aegypti na Madeira é um sinal claro de que não podemos baixar a guarda. É dos novos seres que optaram viver na Madeira que melhor se adapta e impõem as suas regras.

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