Um navio poluente encalhado na Camacha.


Uma imagem vale por mil palavras. Vejam esta publicação sobre a lavandaria industrial Dorilimpa: link 

J ulgo que o grupo empresarial detém a lavandaria e vários hotéis entre os quais um em que arranjaram emprego/tacho para a filha do AJJ há muitos anos atrás. Será por isso que são intocáveis? Um caso de impunidade como há centenas neste ilhéu.

Enquanto escrevia este texto lembrei-me duma coisa. O caso da ARAE. A nova responsável começou em força a perseguir restaurante, a maioria com razão mas fechando olhos às irregularidades e ilegalidades do Teatro, por exemplo. Daria outra história as irregularidades de SS e AT que la se passam impunemente. Nessa altura pensei que a nova gaja da ARAE, como se diz em linguagem laranja, fosse de carácter. Enviei denúncia que nunca teve efeito - não tenho paciência para replicar aqui na íntegra, era bastante longa e detalhada e precisa e elucidativa, e versava sobre um caso de saúde pública grave que continua actual: um colega de rallies do arguido caladinho, corre num carro que é patrocinado pela empresa de que é dono e que tem 3 letras no nome dessa empresa, empresa de materiais e detergentes e químicos de limpeza que tem a funcionar clandestinamente e ilegalmente um laboratório/fábrica de químicos baratos que vende sobre marca própria a hotelaria e restauração. Há dezenas casos graves na Madeira de mulheres com cancro que trabalham nestes sectores onde lidam diariamente com estes químicos “made in Cancela”. Foi enviada denúncia à ARAE sobre este caso e nem uma visita fizeram. Curioso que foi mencionado na denúncia que esse piloto gabava-se publicamente que nunca lhe tocariam porque tinha alguém ligado ao calado na orgânica ARAE que o protegeria para sempre.

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Nota do Madeira Opina: a 17 de maio do passado ano, o nosso site fazia esta publicação (link). A saúde pública parece as corridas na via rápida, há protegidos...

Dorilimpa - lavandaria industrial - provoca todos os dias
atentado ambiental na Camacha (Vale Paraíso).

ivo na Camacha, no Vale Paraíso, há mais de trinta anos, e sempre achei um local magnífico para viver, até a Dorilimpa se sediar no Vale Paraíso. Nos últimos anos, desde a instalação da Dorilimpa, o caso mudou de figura. Esta empresa não respeita nada nem ninguém, e age sob a capa de benfeitora da sociedade, mas só pensam no seu lucro, sem olhar a meios.

A Dorilimpa presta serviços de aluguer, lavagem e tratamento de roupas e uniformes a empresas do ramo da hospitalidade. tendo resultado de um “spin oI” do grupo hoteleiro Dorisol, que possui os hotéis Estrelícia, Mimosa Studio, Buganvilla Hotel. A Dorilimpa conta entre os seus clientes, desde grandes grupos hoteleiros até pequenas unidades independentes e de alojamento local. Em 2019 a Dorilimpa lavou cerca de 2,5 milhões de Kgs de roupa. A Dorilimpa assume um duplo compromisso com a qualidade e o ambiente, o que se reflete na nossa filosofia de melhoria continua e redução da nossa pegada ecológica, em todos os âmbitos de influência: com os nossos clientes, com os nossos colaboradores, com os nossos fornecedores, com o meio ambiente , com as comunidades e eco sistemas onde nos encontramos integrados. Um dos nossos pontos fortes é a minimização da nossa pegada ecológica”.

Esta informação foi retirada do site da empresa. Não estamos mais longe da verdade, pois como as fotos e os vídeos que os moradores capturaram, percebe-se que a pegada de carbono e o ruído nunca foram tão prejudiciais ao ambiente e pessoas.

A empresa está localizada a 10 metros de um aglomerado de apartamentos e casas, onde residem pessoas como eu, trabalhadoras, honestas, apesar de não haver abundancia de recursos financeiros, temos o nosso orgulho e dignidade. Pasme-se, como permitiram a instalação de uma empresa como aquela naquele local (é incompreensível como licenciaram esta atividade tão ruidosa, paredes meias com um aglomerado populacional de mais de 200 pessoas?!!! ).

O ruído provocado pela laboração das máquinas é demasiado elevado, e constante, são 24 horas de ruído que não respeitam a lei do ruído. Os moradores há anos que se queixam. As autoridades competentes nada fazem!

Para piorar a situação, a empresa para poupar dinheiro na conta de eletricidade e reduzir o consumo de gás, instalou uma central de queima de Biomassa (como é possível licenciarem esta atividade naquela zona, fica a questão??). Se o ruido já era mau, esta queima de resíduos, veio conspurcar o ar de todo o Vale Paraíso e da freguesia da Camacha. O Odor a queimado de resíduos tóxicos, o ar irrespirável que queimam as narinas de quem anda pela rua, o fumo intoxicante acumula-se na zona do Vale Paraíso.

Não sabemos o que andam a queimar, madeira, plásticos, mas qualquer pessoa que circule na zona apercebe-se do ar contaminado. A chaminé expele um fumo negro, que deita cinzas e suja tudo num raio de quilómetros. A acumulação de detritos desconhecidos nos telhados e quintais das casas é diário. Não podemos estar na rua, nos quintais, colocar a roupa a secar. A queima de resíduos é realizada todos os dias, durante o dia, durante a noite, inclusive feriados e fim-de semana. Só quem vive nos arredores é que sabe o suplício que tornou-se viver no Vale Paraíso.

Os moradores da zona estão unidos contra estes atentados à Saúde Publica, quer a nível do Ruído, quer da poluição atmosférica produzida pela Dorilimpa. Apelamos, mais uma vez, à junta de freguesia da Camacha, Câmara Municipal de Santa Cruz, Entidades licenciadoras de Atividade Industrial que tomem medidas que vão de encontro às necessidades básicas da população, só queremos ter direito a ar normal, e estar em nossas casas sem ouvir o trabalhar constante de máquinas. Estas situações podem ser confirmadas todas in loco, a qualquer hora.

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