B oa tarde, há dias saiu um texto sobre a opção por frondosas (em vez de palmeiras) para tornar a nossa cidade mais fresca. As palmeiras são mania antiga de Jardim "o escaravelho" e prosseguem com o Eduardo "tropical". Sempre vendemos a Madeira pelo seu clima ameno, e agora que o aquecimento global aumenta as temperaturas queremos ser "tropicais", não é justamente agora que se vende o "ameno", ou vamos ser a Grécia, a Sicília, Itália, os tórridos do Mediterrâneo? As frondosas mitigam a temperatura, de modo a que os inertes não sejam retentores de calor que aquecem os edifícios e rede viária, calor que leva mais do que a noite para arrefecer, o que torna os espaços e ruas permanentemente quentes no Verão. Parabéns pelo texto: link
Hoje quero completar essa necessidade de humanização da cidade. Passei pela Rua do Pombal e vi este fontenário, está giro, não está? Custa muito colocar uma torneira temporizadora para garantir que não há exageros e por a funcionar? Ou a câmara funciona em favor do monopólio dos bares?
A principal função de um fontenário é permitir que as pessoas se mantenham hidratadas, lá foi o tempo de ir com o "cântaro" à fonte. Em temperaturas elevadas, a desidratação pode levar a problemas graves de saúde, como cãibras de calor, exaustão por calor e, em casos extremos, insolação, que podem ser fatais. O acesso fácil e gratuito à água potável incentiva as pessoas a beberem mais regularmente, para não aumentarmos os casos e casinhos dos turistas que exigem do físico para aproveitar as férias. Penso que dispensar água sai mais barato do que um helicóptero em salvamento ou uma sua fechada para dar assistência. A hidratação é prevenção de males ou agudização de doenças. O Turismo é para "todos, todos, todos", certo?
Isto vai parecer exagero, mas que seja uma "boca", nem todos têm condições financeiras para comprar água engarrafada repetidamente, não enveredamos por turismo "contado" e rasca?. Os bebedouros garantem que a água potável esteja disponível para todos, independentemente da sua condição socioeconómica, promovendo a equidade e o acesso a um recurso básico. O barato sai caro?
Por outro lado, ao incentivar o uso de garrafas reutilizáveis através dos bebedouros públicos, ajudam a reduzir significativamente o consumo de garrafas plásticas descartáveis. Isso contribui para a diminuição da poluição por plástico e para a pegada de carbono associada à produção e transporte de água engarrafada. O "bardamerda" não estudou isso quando quis massificação do turismo?
Com a proliferação de Alojamentos Locais, os turistas estão em todo lado, tal como o funchalense que também é gente e é necessário referir. A existência de bebedouros/fontenários, assistidos, com asseio e acompanhamento, torna as cidades mais agradáveis para caminhar, praticar outras atividades ao ar livre em passeio ou manutenção. As pessoas sentem-se mais seguras e confortáveis sabendo que podem refrescar-se a qualquer momento, o que pode impulsionar a circulação.
O Funchal está preparado para ondas de calor? Não. Só para política de fotos em jornais.
Já agora, tal como falaram das frondosas é necessário avançar com um mobiliário público que não temos, a pulverização com gotículas de água, gasta pouco e pode estar no mesmo lugar de alguns bebedouros são uma solução eficaz para o arrefecimento passivo em ambientes urbanos quentes. O objectivo não é molhar, quando pequenas gotículas de água são pulverizadas no ar, elas evaporam, absorvendo calor do ambiente. O processo reduz a temperatura ambiente em alguns graus, proporcionando um alívio imediato e perceptível para as pessoas. Serve para todos, idosos, crianças e idade ativa. Garanto-vos que em dias de calor estará disputado, um sucesso. E gasta pouco.
Embora utilizem água, os sistemas modernos de pulverização são bastante eficientes, usam pequenas quantidades de água para um efeito de arrefecimento significativo. A chave está nas gotículas muito finas. Sai muito mais barato do que esquemas na construção. Funchal... humaniza-te.
Este fontenário de lixo poderia dar um excelente "Jesus" que mija: o bardamerda de piça (versão madeirense de Manneken Pis)
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