A Roda da (Má) Fortuna do PSD


C hamaram-lhe Fortuna, mas trouxe foi azar. Mal se sentou já estava de pé outra vez. A “fortuna” do PSD é esta: escolher candidatos como quem compra raspadinhas — gastam, gastam, e só sai “perdeu, tente outra vez”.

Vieram das Finanças buscar um chefe de repartição, convencidos de que tinham descoberto ouro. Só que, em vez de fortuna, saiu trapalhada. Um juiz olhou para a figura e atirou:

“Ó amigo, não devia era estar a cobrar impostos em vez de andar a cobrar votos?”

Resultado: o PSD engoliu em seco e despachou o pobre Fortuna antes que ele aquecesse o lugar. Foi-se a “fortuna”, ficou a vergonha.

E há aqui um detalhe delicioso: o homem era o n.º 13 da lista. Isto já diz tudo sobre a organização e critério do PSD. Quando o azar está numerado e catalogado na própria lista, o resto nem precisa de explicação.

Para piorar a novela, o mandatário da candidatura do PPD/PSD.CDS-PP – Funchal Sempre Melhor! foi notificado, nos termos da LEOAL, para esclarecer onde exerce funções o candidato suplente n.º 13, o tal Manuel de Deus Fortuna (chefe de Finanças). A lei é clara: chefes de repartição não podem andar a cobrar impostos ao Estado e a cobrar votos ao eleitorado ao mesmo tempo. E pronto, lá se foi a “fortuna” do PSD pelo cano abaixo.

De Fortuna só ficou mesmo o nome. Sorte não teve nenhuma. Ou melhor, teve uma: ser corrido cedo, poupando-se à vergonha de fazer campanha com um partido que já não sabe se escolhe candidatos ou se organiza uma tômbola.

A novela continua: primeira escolha caiu, segunda escolha também caiu, agora foi a vez do Fortuna. O PSD parece estar a jogar ao Monopólio político: compram a sorte, mas acabam sempre na bancarrota.

Hoje sai um, amanhã entra outro, depois volta a sair… É feira, é circo, é trapalhada! Só falta mesmo aparecer o palhaço. Mas, pensando bem, se calhar esse já está inscrito na lista há muito tempo.

E ainda falta o melhor: conhecer o resto dos suplentes. Porque esta lista parece mais um puzzle de feira — as peças nunca encaixam. Quando saírem os nomes todos, vai ser a cereja no bolo da fantuchada. Só aí perceberemos se o “Sempre Melhor” não é, afinal, o “Sempre Pior”.

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