N a minha infância quando se brincava aos polícias e ladrões, desde que houvesse linha de vista apontava-se a mão feita pistola e dizia-se "pum pum tás morto". Pelos vistos as brincadeiras de criança de Albuquerque devem ter sido outras, tipo o Monopoly de não pagar IMI porque a escola de fugir da polícia sempre teve toda. Mas isso não significa que também não faça "pum pum tás morto". Com outras palavras, do tipo, "a Madeira vive um período de confiança", curiosamente do outro lado da notícia do aumento das casas na Madeira numa década. Não imaginam a confiança que eu teria para brincar a este Monopoly se fosse chefe do governo com todo o dinheiro à disposição, "pum pum tás morto" é para os outros, os patas rapadas, que pelos vistos ainda estão abaixo dos rascas de low cost.
Bem...
Os dados disponíveis mostram que o mercado imobiliário na Madeira registou um crescimento massivo na última década. Embora os números exatos possam variar ligeiramente consoante a fonte (portais imobiliários vs. dados oficiais), mas a tendência é clara, citando o JM, uma casa de €200 mil em 2015 passou a valer €450 mil em 2025, representa um aumento de 125% no valor. Esta valorização é consistente com o que é reportado por vários meios. O JM é o único que ainda faz jornalismo que importa.
No primeiro trimestre de 2025, o preço médio na Madeira era de 2.518 €/m², representando um aumento de 23,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Funchal, em particular, apresenta valores ainda mais altos, com o preço por metro quadrado a rondar os 3.679 €/m² em julho de 2025. Este aumento exponencial é impulsionado por fatores como a elevada procura de compradores estrangeiros, o investimento em alojamento local e o crescimento da ilha como destino turístico e de residência para nómadas digitais, que têm poder de compra superior ao da população local. A política do "bardamerda" e do alucinado do Monopoly.
Mau, mau...
Comparando com a evolução do custo da habitação, o aumento dos salários na mesma década é muito mais modesto. De acordo com dados oficiais, a remuneração bruta mensal média na Madeira aumentou cerca de 29% entre 2015 e 2024, passando de €1.143 para €1.475. Mas isto são teorias, a precariedade é moda, aceder a empréstimos bancários não é para todos.
Se descontarmos a inflação do período, o ganho real para o trabalhador madeirense foi de apenas 19,5% a 20%. Estes dados revelam um fosso abismal, os preços das casas aumentaram, em média entre 100% a 125%. Os salários aumentaram cerca de 29%, e em termos reais, menos de 20%. eu diria que só o supermercado engole isto. Você que me lê não sente a "confiança" do Albuquerque?
É evidente que o poder de compra da maioria dos madeirenses não acompanhou nem de perto a escalada dos preços imobiliários. A disparidade torna a aquisição de casa própria insustentável para quem depende do salário médio local. O exemplo de uma casa que valorizou 125% em 10 anos, enquanto o salário subiu apenas cerca de 29%, ilustra na perfeição a inviabilidade financeira da situação. Albuquerque vive noutro mundo e a piada é que ele é chefe do governo com um anormal que não sabe governar para o madeirense e só anda a empolar preços.
Este cenário contribui para a crescente pressão social e económica, levando a que muitos madeirenses tenham de recorrer ao arrendamento, ... mas não há! Cujos preços também dispararam, ou a procurar alternativas habitacionais fora das zonas mais caras da ilha, o que nem sempre é possível. Mas o que acontece mesmo é descobrirem que é mais fácil viver fora da Região e depois o Governo fica feliz com os números do desemprego.
É só "confiança", do Albuquerque, o Miguel Silva Gouveia deve se coçar todo.
Ainda não consegui perceber como é que este "gajo", amigo do "bardamerda" ainda não viram o eleitorado lhes dizer "pum pum tás morto" num ato eleitoral. Devem ser sadomasoquistas. Albuquerque está com confiança, a sua casa do Dubai das areias mostra como a Madeira está "em conta".
Uma música africana...
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