Madeira: um tour que o turismo não vê.


Q uer ver a Madeira autêntica? Esqueça as levadas instagramáveis, os hotéis 5 estrelas e os vinhos a preços turísticos. Venha conhecer a verdadeira ilha, feita de bairros sociais, vizinhos curiosos e histórias de sobrevivência onde a paisagem é substituída pela luta diária.

Paragem 1: Bairro dos Viveiros

“Viveiros” porque aqui se cultiva de tudo: sonhos adiados, conversas de varanda, e a arte de secar roupa ao vento em estilo contemporâneo. Uma experiência imersiva no real conceito de “vista mar… parcial”.

Paragem 2: Alegria I e II

Nome otimista, realidade moderada. Ideal para quem procura um turismo low-cost com “all inclusive” de barulho de obras, cães a ladrar e histórias de vizinhos em Dolby Surround.

Paragem 3: Comboio

Aqui não há estação nem linha férrea, mas vai sentir a vida a passar a alta velocidade. Uma paragem perfeita para selfies com grafitis comunitários e histórias mais rápidas que a CP.

Paragem 4: Penteada & Galeão

Dois clássicos da habitação social madeirense. Venha descobrir como se faz um churrasco de fim de semana sem varanda e como se partilha música ao estilo “DJ comunitário”.

Paragem 5: Romeiras, Quinta Josefina & Quinta Falcão

Se sempre quis saber como é viver numa “quinta” sem cavalos nem jardins aristocráticos, este é o lugar. Um tributo à ironia toponímica.

Paragem 6: Pico dos Barcelos & Santo Amaro

Pico dos Barcelos: famoso pelo miradouro turístico… mas o verdadeiro postal encontra-se nas traseiras dos blocos habitacionais.

Santo Amaro: onde a tradição ainda é o que era, e os vizinhos conhecem a sua vida melhor do que o Facebook.

Paragem 7: Orquídea & Virtudes

Orquídea: flores raras? Só as de plástico nas varandas.

Virtudes: aqui, a virtude é sobreviver ao final do mês com dignidade — um valor cultural autêntico.

Experiência Extra: Prova de Tupperware comunitário - herança cultural onde cada família tem pelo menos 15 caixas sem tampa e Workshop de secagem de roupa criativa - como estender 5 lençóis num estendal de 2 metros.

Nota Final ao Turista e aos @madeirafriends que andam por ai

A Madeira não pode ser apenas folclore, poncha e paisagem. A verdadeira ilha também é feita destes bairros, de histórias de gente resiliente e de um Estado que ainda deve muito em justiça social. Se quisermos mesmo mostrar orgulho, que seja não só pelas flores… mas por nunca deixar ninguém para trás.

Não é só paisagem de postal, é gente, é vida, é luta.

A Madeira não pode ser apenas celebrada pelo turismo e pelas flores — deve ser também exemplo de justiça social e de proteção aos mais vulneráveis.

A novela continua: primeira escolha caiu, segunda escolha também caiu, agora foi a vez do Fortuna. O PSD parece estar a jogar ao Monopólio político: compram a sorte, mas acabam sempre na bancarrota.

Hoje sai um, amanhã entra outro, depois volta a sair… É feira, é circo, é trapalhada! Só falta mesmo aparecer o palhaço. Mas, pensando bem, se calhar esse já está inscrito na lista há muito tempo.

E ainda falta o melhor: conhecer o resto dos suplentes. Porque esta lista parece mais um puzzle de feira — as peças nunca encaixam. Quando saírem os nomes todos, vai ser a cereja no bolo da fantochada. Só aí perceberemos se o “Sempre Melhor” não é, afinal, o “Sempre Pior”.

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