N a Madeira, já vimos de tudo: padres caídos em escândalos, políticos a passearem-se como senhores feudais e agora… “meninos de Veneza”. Não é ficção, não é Thomas Mann, nem sequer São Tomás More com o seu humor cristão imaginaria tal decadência, mas dava romance — ou, melhor, tragédia.
Há muitos anos, um padre Federico mergulhou a Madeira num grande escândalo. Hoje, assistimos a uma versão moderna do mesmo veneno: políticos que saem da ilha para passear pela Europa como se fossem adolescentes tardios, meninos mimados, à procura de prazeres escondidos.
Eis a verdade nua e crua: a pedofilia não é um detalhe, não é uma extravagância, não é uma “viagem cultural”. É crime, é pecado, é podridão. E, tal como ontem, continua hoje. Quem o pratica pode fingir que anda escondido, mas esquece-se de um detalhe: “tudo se vê e tudo se sabe”. O mundo tem olhos.
No PSD, curiosamente, esta prática parece começar a entrar na moda. Um famoso deputado, dizem, anda pelas neves da Indonésia a experimentar massagens nada convencionais, em companhia suspeita. E um vereador ainda no ativo, bem conhecido da Câmara do Funchal, foi avistado em terras de sevilhanas e touradas, acompanhado por um desses “meninos” que mais parecem peças de catálogo do vício.
Não, isto não tem a ver com orientação sexual. Tem a ver com abuso, com corrupção, com miséria moral. Isto não é política, não é religião, não é sequer vida privada. Isto é doença social.
Enquanto a Madeira discute festas, cores de propaganda e promessas eleitorais, os “Fredis do sistema” vão vivendo o seu pequeno Morte em Veneza: bronzeados de viagens, luxos pagos com dinheiro que não sabemos bem de onde, e um perfume decadente de segredos mal escondidos.
Mas como diz o ditado: quem semeia vento, colhe tempestade. E quem brinca com meninos, mais cedo ou mais tarde, acaba apanhado.
Porque, no fim, não são apenas eles que se envergonham, é toda uma sociedade que carrega esta nódoa.
E é preciso dizê-lo sem rodeios: todas estas pessoas não dignificam a direita, não dignificam o PSD, não dignificam os muitos militantes sérios desse partido e, muito menos, o próprio Miguel Albuquerque, que além de político é também pai. Quem fecha os olhos a isto não governa, apenas finge.
E finge tão mal, que já ninguém acredita
Em resumo, o texto é um desabafo carregado de reflexão, que usa a sua experiência e observação para traçar uma crítica profunda e estruturada à forma como a Madeira está a ser gerida, tanto a nível ambiental como político e económico.
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