Curtas e Flagrantes

09/09/2025, 13:10:44 Luís Montenegro e os imóveis invisíveis
Ora aqui está uma pérola da política nacional: o primeiro-ministro Luís Montenegro, esse paladino da transparência, afinal tem 55 imóveis que não declarou no Parlamento. Cinquenta e cinco! Não estamos a falar de um T0 esquecido numa herança em Baião — estamos a falar de um império imobiliário inteiro que, pelos vistos, entrou em modo cloaking tipo nave espacial em “Star Wars”. E a pergunta que se impõe é óbvia: se o Montenegro, em Lisboa, já se esquece de 55 casas, então aqui na Madeira, Miguel Albuquerque, quantos são? Porque se formos pela lógica do PSD, cada dirigente regional deve ter pelo menos um condomínio secreto, um resort imaginário e, quem sabe, uma rotunda com escritura passada em nome de primo afastado. Montenegro anda a governar um país inteiro sem conseguir contar os seus imóveis, e Albuquerque anda a governar a Madeira sem conseguir contar as suas trapalhadas. Dois líderes, mesma escola: a do “não vi, não sei, não me lembro”, com direito a imóveis que aparecem e desaparecem como se fossem Pokémon raros. Enquanto isso, o povo que se dane: impostos a subir, rendas impossíveis de pagar, jovens sem casa… e os líderes do PSD a jogar Monopólio em versão deluxe, com 55 propriedades escondidas debaixo do tabuleiro. Portanto, repito: Montenegro tem 55 imóveis que não declarou. E tu, Miguel Albuquerque, quantos são? Ou também vais dizer que a culpa é da empregada da limpeza que se esqueceu de preencher a declaração de rendimentos?

09/09/2025, 13:11:35

A Universidade da Madeira é um caso de estudo digno de tese… mas em Comédia do Absurdo. Enquanto o número de alunos desce ano após ano, a grande prioridade da instituição não é atrair estudantes, melhorar cursos ou investir em investigação. Não, senhores. A prioridade foi triplicar o tamanho da esplanada. É isso mesmo: menos alunos nas salas, mas muito mais mesas cá fora. Porque se não há quem estude, ao menos que haja espaço para cortar na casaca, beber um galão e fingir que a universidade é um grande café universitário. Um bar com biblioteca de acessório. A UMa já não é universidade — é praticamente um clube social com vista para o Campo da Barca. Em vez de formar licenciados, forma tertúlias de fim de tarde, onde professores e doutorandos se juntam para discutir… quem ficou com o tacho novo e quem está prestes a agarrar o próximo. No fundo, é a grande inovação madeirense: universidade com cada vez menos alunos, mas cada vez mais mesas de esplanada. Educação? Pouca. Intriga e conversa fiada? Triplicada. Se calhar o futuro da UMa não é ser universidade — é ser franchising do Starbucks.

UMa 2025:

• Menos alunos.
• Mais mesas de esplanada.
• Menos estudo.
• Mais cusquice.
• tripleto de intrigas.

Universidade da Madeira: já não é academia, é cafeteria com estatuto universitário. A ciência já foi, mas a esplanada está de boa saúde.

10/09/2025, 3:07:47 Quero fazer uma sugestão pertinente, no próximo evento façam a entrevista nas corredoras do HNM cheias de macas. Foi inocente o lugar escolhido, não foi? A laje está segura?