Entre marionetas, vaidades e um Mussolini Carlos Rodrigues
O PSD/CDS decidiu brindar o Funchal com uma lista que mais parece o alinhamento de um circo itinerante: há o palhaço triste, a bailarina decorativa, o teórico de biblioteca, os acrobatas de bandeira e, claro, o Mussolini, que desfila peito inchado como se fosse o Duce da Praça do Município.
Jorge Carvalho – A marioneta profissional. Sai da Secretaria da Educação, onde já tinha transformado os corredores num campo de batalha pessoal, para agora tentar manipular a cidade como se fosse um brinquedo. Um homem que vive para a vingança e que se alimenta do desprezo pelos que não lhe lambem as botas. Fantoche? Não, pior: um fantoche que pensa que é ventríloquo.
Carlos Rodrigues – Eis a estrela da companhia. Com ares de diplomata (ironia suprema), desfila a vaidade como quem já manda na cidade inteira. É a versão madeirense de Mussolini, mas sem a oratória — só ficou a pose, o peito empinado e a mania do poder absoluto. Acredita piamente que o Funchal precisa dele; na verdade, o que precisa é de alguém que o salve dele. Se a cidade cair nas suas mãos, preparem-se: será culto da personalidade em slow motion, com direito a desfiles de ego e a ruína garantida antes de 2029.
Helena Leal – A bailarina decorativa. Sempre sorridente, sempre disponível para a fotografia, mas sem um passo concreto no palco da política. No tempo que teve na Câmara, pouco se viu, pouco se ouviu e, sobretudo, pouco se fez. Agora regressa como pau mandado, perfeita para acenar, concordar e posar. O Funchal precisa de líderes, mas ganha… uma influencer sem feed.
Paulo Silva Lobo – O teórico solitário. Tem cabeça, talvez o único da trupe com algum conteúdo, mas isolado será apenas o intelectual perdido no meio da algazarra. É como pôr um filósofo a dar palestras num bar de karaoke: até pode falar bem, mas ninguém está a ouvir.
A juventude – A claque de serviço. Jovens anónimos, bons para encher as arruadas de camisolas cor-de-laranja e agitar bandeiras com entusiasmo. Renovação? Só no Instagram. Leandro… quem? Nem o Google sabe, quanto mais os funchalenses. A sua função é clara: fazer barulho, sorrir muito e não atrapalhar os adultos.
Eis, portanto, a proposta do PSD/CDS: um espetáculo pobre, com marionetas que não se mexem sem corda, um Mussolini em segunda mão que confunde ego com liderança, e figurantes que se limitam a acenar. Chama-se candidatura, mas é cabaré político. O Funchal merece um executivo sério, mas o que lhe oferecem é apenas circo.