O PSD está em queda livre e já nem disfarça. É gente a sair mesmo. Militantes, históricos, malta que sempre carregou o partido às costas, agora diz chega. Estão a sair porque já não dá. Isto virou um jogo sujo, feito de favores, promessas vazias e decisões tomadas à porta fechada. A falta de palavra e de respeito chegou a um ponto que só dá vergonha.
Em Santo António, o militante que ganhou as internas bateu com a porta. Em Santa Cruz, a vereadora também foi-se embora. E não são casos perdidos no mapa. É gente que ainda tinha esperança, que acreditava. Agora já nem isso. E os que ficam é porque ainda andam à espera de uma cadeira. Mas até esses já sabem que o barco está a afundar.
No Funchal, o Jorge é a quarta escolha. Quarta. Já ninguém acredita nisto. Até os militantes estão em modo “tanto faz”. Mas o melhor foi a história dos cartazes. Lembram? Aquela conversa que não iam fazer ruído, nem cartazes, nem lixo visual. Que iam ser diferentes, limpinhos, modernos. Divulgaram tanto essa ideia… e depois? Deu no que deu. Cartaz atrás de cartaz. Um mar de plástico. Aquilo parecia um mural de promessas furadas. E quem é que aparece lá colado? O doutor das mentiras, Luís Nunes. O tal que saiu a dizer que já não voltava, que a palavra era uma só. Pois agora está lá, feito espantalho, pendurado em tudo quanto é esquina. Nem ele se deve reconhecer. É triste, mas é o retrato perfeito disto tudo.
O povo? O povo está farto. Mas ao mesmo tempo, vai assistindo, vai aceitando. Pão e circo. É a velha receita. Dão música, uma sandes, uns sorrisos, umas selfies… e siga. Como se isso resolvesse alguma coisa. A Madeira está a bater no fundo e ninguém se mexe. O povo mais uma vez, depois de tanto e de tudo, vai acabar por ter o que merece. Se votarem nos mesmos, se forem atrás das mesmas caras, depois não venham com queixas. Porque são sempre os mesmos, e o resultado vai ser igual.
E enquanto isso, a oposição aproveita. Viu a brecha, entrou com tudo e está a ganhar espaço. Porque o PSD largou tudo. Perdeu as pessoas, perdeu o norte, perdeu a vergonha.
E lá no fundo, o Jardim observa. Está a ver isto tudo com calma, mas já tem a navalha pronta para o dia 13. Se a coisa corre mal, e vai correr, vai ser degola geral. As sondagens já estão a meter gente a suar frio nos bastidores.
Como dizia um estoico qualquer, a gente não manda no que acontece, mas escolhe como reage. E o PSD escolheu muito mal. Ignorou as bases, tratou mal quem ainda acreditava, e agora colhe o que plantou. Só dá pena.
Eu cá, já nem me ralo. Sento-me, abro as pipocas, meto o som baixo e vejo isto tudo a arder. Porque isto não é campanha. Isto é novela. E daquelas más. Mas pronto, cada povo tem os políticos que escolhe.
E um obrigado ao Madeira Opina, que ainda é dos poucos com coragem para dizer isto tudo sem filtros, sem medo e sem amarras.