O saudoso Virgílio Pereira, social democrata de boa estirpe, conhecedor das estratégias do PSD, quando em confronto na célebre disputa intestinal com Jardim, disse que ficava para ocupar o lugar, ou seja, chateado não se ia embora para ser um fardo contra aquele que o perseguia, o filho único com manias de único importante. Mas há mais na nossa praça, contudo sem a estatura do professor Virgílio Pereira.
Há aqueles que parecem da oposição, exibem-se da oposição, ocupam o espaço da oposição, e mais não fazem do que ser uma garantia de que se receberem um telefonema queimarão a oportunidade da oposição. A escola centrista é viciada nisto. Depois, ficam todos a olhar uns para os outros e esses riem-se. Há grandes submarinos na política madeirense, uma das facetas do PSD para destruir as hipóteses da oposição em obter bons resultados práticos, ou pelo menos contar com humores que estragam tudo.
Ninguém estranha as suas exposições no brinquedo jornalístico do regime, local onde se reúnem muitas lagartas mineiras da oposição. Ninguém enxerga a homologação, a dedicação à política na hora de serviço, que até parecem aquelas exceções de funcionários públicos, dispensados a ir ao trabalho pela secretária, porque pode fazer plenamente o trabalho político nas redes sociais em casa, sem dar nas vistas perante outros funcionários públicos. O dinheiro público tanto alcança a compra de candidatos para ficarem quietos ou desistirem das candidaturas, como alicerça o poder com cartuchos de treinos, exercícios de ilusão que nunca serão munição real. Parecem aqueles militantes do PSD que, quando querem algo, põem-se a descobrir podres do partido, de novo no brinquedo jornalístico, para serem alimentados para o silêncio.
A piada disto é que até os espertos no meio dos supostos burros caem, com aquele mel oposicionista que ocupa o lugar. No entanto, uns são do PSD e têm honra, como Virgílio Pereira, outros fazem o jogo para lucrar com a cegueira dos outros. O PSD é extenso e manipulador das massas.
Outra coisa que ninguém se dá conta é dos projectos paralelos de jornalismo que se aproveitam do trabalho real pago. A exclusividade tem caminhos secundários para garantir o estado de graça, o número dos mesmos a dizer o mesmo é importante, parecem tantos, mas são os mesmos que garantem que os projetos que queimam... têm sucessores. A informação está a cair em clandestinos por projetos pessoais perante o poder e, aqui, nem os empresários enxergam. Basta ver a rapidez de terem fotos de tudo o que a população consome avidamente. Todos sabem como apanhar moscas com mel numa população formada há décadas para o consumo imediatista, que precisa de ser alimentado minuto a minuto, com coisas curtas e nunca cabal conhecimento do meio onde vivem. É outro dos segredos do PSD, "salamizar" assuntos para que os poucaxinhos não façam mossa, mas ocupem o tempo, mais tempo desperdiçado. Depois chegam a eleições e não estão preparados.
Ninguém repara como uma notícia que circula nas redes sociais por alguns, que até dá casos de tribunal, tem uma dualidade de postura, a mesma situação com os homologados pelo poder... não. Também não lhes afeta a concorrência desleal, uma vez mais paga pela casa mãe. Não é só o governo que paga para fazer política com dinheiros público, os subsídios são dinheiro público...