Resposta a curta da UMa


Em resposta ao: https://www.madeiraopina.com/2025/09/curtas-e-flagrantes.html

O autor do texto em causa sugere que a Universidade da Madeira anda mais preocupada em triplicar esplanadas do que em atrair alunos ou investir na ciência. Pois bem, antes de atirar acusações fáceis, convinha aprender a distinguir o que é a Universidade da Madeira do que é a Académica da Madeira... A esplanada de que fala com tanto sarcasmo não é prioridade da UMa nem um capricho da mesma, é da inteira responsabilidade da Académica da Madeira, associação que representa milhares de jovens. E já que parece desconhecer, esclareço: parte das receitas dessa esplanada são reinvestidas em projetos estudantis, culturais e sociais. É um espaço de convívio, sim — mas também é um instrumento de financiamento e dinamização da vida académica. Quem ignora isto não devia escrever como se tivesse certezas. Ignorância não é opinião.

Uma coisa é certa, o futuro da UMa é, de facto, algo que deve preocupar-nos a todos — e eu não sou exceção. Aliás, este texto poderá ser o primeiro de uma série onde abordarei o que a UMa deveria ser: uma universidade em regime fundacional, modelo que reforçaria a sua autonomia, competitividade e sustentabilidade, enfim seria um tema para outros textos.

Em vez de transformar a esplanada num bode expiatório, discuta-se o que realmente importa: a sustentabilidade da UMa, a qualidade do ensino, a investigação, o modelo de gestão e o papel que a universidade deve ter no desenvolvimento da Madeira.

A crítica séria exige conhecimento; a caricatura barata apenas expõe a fragilidade de quem a escreve.

E repito: quando não se sabe do que se fala, o melhor é estar calado. O silêncio, pelo menos, não engana ninguém — e evita que entrem moscas.


Texto em causa:

09/09/2025, 13:11:35
A Universidade da Madeira é um caso de estudo digno de tese… mas em Comédia do Absurdo. Enquanto o número de alunos desce ano após ano, a grande prioridade da instituição não é atrair estudantes, melhorar cursos ou investir em investigação. Não, senhores. A prioridade foi triplicar o tamanho da esplanada. É isso mesmo: menos alunos nas salas, mas muito mais mesas cá fora. Porque se não há quem estude, ao menos que haja espaço para cortar na casaca, beber um galão e fingir que a universidade é um grande café universitário. Um bar com biblioteca de acessório. A UMa já não é universidade — é praticamente um clube social com vista para o Campo da Barca. Em vez de formar licenciados, forma tertúlias de fim de tarde, onde professores e doutorandos se juntam para discutir… quem ficou com o tacho novo e quem está prestes a agarrar o próximo. No fundo, é a grande inovação madeirense: universidade com cada vez menos alunos, mas cada vez mais mesas de esplanada. Educação? Pouca. Intriga e conversa fiada? Triplicada. Se calhar o futuro da UMa não é ser universidade — é ser franchising do Starbucks.
UMa 2025:
  • Menos alunos.
  • Mais mesas de esplanada.
  • Menos estudo.
  • Mais cusquice.
  • tripleto de intrigas.

Universidade da Madeira: já não é academia, é cafeteria com estatuto universitário. A ciência já foi, mas a esplanada está de boa saúde.