C ada vez mais nota-se os cidadãos, saturados e fartos da política até parece que a liberdade incomoda muita gente e a democracia é um atrapalho. Foram 44,6% dos que não votaram nas últimas eleições autárquicas 2021 na R. A. da Madeira., quase 117 mil eleitores que renunciaram a dar a sua opinião ao mais básico da democracia, a eleição dos que diretamente estarão ou deveriam de estar ao lado das populações. Recentemente um estudo da Fundação Manuel dos Santos dava conta de que a maioria do eleitorado português identifica-se com a política de direita. Ora visto que durante muito tempo a direita foi endemonizada e ostracizada pela extrema esquerda e à pala de um Socialismo camuflado, vem agora ao de cima que essa esquerda que intimidou e bloqueou a direita ande agora literalmente em pânico. Isso a «razão é mais do que evidente, o povo foi aguentando, adiando e se escondendo por detrás das suas mágoas e desilusões até que a coragem despertou o vulcão adormecido, andaram a protelar agarrados à varanda da liberdade e adiaram a democracia até um dia em que o povo se cansou. Agora que andam a correr atrás do prejuízo e do constante adiar das soluções, começa uma nova era de perseguição e de intimidação, mas as novas gerações mais esclarecidas e muito mais participativas começam a ver o filme com outro olhar.
Acontece que os dissidentes do Poder Sempre Disruptivo assaltam uma alternativa que chega como uma água benta para manter o status, a altivez, a preponderância e a soberania dos que se acham donos da democracia, os resistentes armam uma ratoeira e apanham os Cúmplices Defuntos do Sistema levando-os à exuberância e ao pódio mesmo reduzidos a Puro Pó. Em todos os partidos no seu intimo, é ver os candidatos levados ao colo pelos personagens de destaque na sociedade, do tipo: adultos sentados à espera de consulta de pediatria, outros que se colocam nas costas de um líder nacional tão mediático que parece ter sido clonado para ocupar todos os lugares a eleger neste país, há o que passam em Santa Cruz e foram a Gaula buscar umas amoras ou encheram um balão de hélio para poderem voar, sem falar de um professor sem alunos, de artistas a representar sem plateia, e a cumprir à letra o seu plano em insistir numa filosofia política embalsamada, de corajosos que se sentem descriminados e cada um apita do seu lado, de mutilados com um reimplante de nova direita, os (eternos democratas) querendo pegar lume mas sem combustível para ativar a chama que ao passar um coelho(a) por perto ainda possa ser chamuscada, e resgatada pela pantomina que se forma à volta de um jardim num qualquer prédio que em nada abona à falta de habitação ou de um qualquer politico partindo da terra do nunca a rir das rainhas e reis que correm freneticamente para alcançar um lugar de destaque na famosa corrida de são Sebastião patrono dos atletas.
Para quando vamos ter democracia a sério onde os candidatos a servir as populações possam estar ao serviço dos cidadãos e dispostos realmente e com todo a coragem que os caracteriza? Cabe-nos a nós de forma responsável pegar na bandeira e à chega da baixar ao que sucessivamente atingirem o pódio e a vitória! eesa que seja da democracia e do povo. É melhor viver uma vida marcada por lutas, revoltas e indignação do que viver uma vida inútil, inclinada para a escravidão do sistema político.
No próximo domingo somos convidados a decidir a corrida autárquica uma vez mais.
