S em falar em nomes, vejam se adivinham, assim por alto. Quantas pessoas daqueles tesos e critico que não vergam que foram castigados pela rede social só por ser muito assertivo na verdade? Quem foi aquele que falou de gás e portos no diário do monopolista e foi banido da sua escrita mensal no referido jornal? Qual foi o site de opinião pública, que foi perseguido no seu nome original, vê o site bloqueado nas redes do Governo Regional, Empresas Públicas com a atuação de funcionários públicos, mas ainda de funcionários das empresas públicas e privadas de informática. Quem perdeu o seu perfil de Facebook muito visito durante a campanha das Autárquicas e qual é agora o secretário geral do de um partido que se vê na mesma situação. Coincidências? Algoritmos? Ou maldade persecutória sem argumentos? Estes e outros incidentes levantam questões sobre a liberdade de expressão e a pluralidade da informação na Região Autónoma, se a comunicação social foi caçada, segue-se as redes sociais explorando as suas fragilidades
Todos estes silenciamentos são prevaricação, há quem saiba, cale e participe. Há colaboracionistas e cúmplices. Da maneira como isto via, se as pessoas sérias e justas enveredarem pelo mesmo caminho não será um ápice a perda do estado de graça? Usando os mesmos métodos. Serve isto para dizer que estamos a entrar num caminho que não interessa a ninguém, mas quantos mais sucessos de silenciamentos houver em palco inclinado mais a conjuntura levará a gente com categoria a perder as estribeiras com os jagunços do regime.
A perseguição a meios de opinião e bloqueio digital implica o uso indevido da infraestrutura pública e de recursos humanos (funcionários públicos e de empresas de informática) para restringir o acesso a informação e opinião crítica, o que representa uma intervenção direta do poder político na liberdade de imprensa e de acesso à informação dos cidadãos e trabalhadores.
A desativação ou perda de acesso a perfis de figuras ativas na política ou populares nas redes sociais que são críticos do poder instituído mostra uma regra, o partido do poder tem a mesma imunidade do Presidente do Governo?
A perda de perfis muito influentes, especialmente em momentos cruciais como campanhas eleitorais, e já vamos com 3 nesta situação pode ser vista como uma tentativa de silenciar vozes políticas da oposição e de limitar o debate público, prejudicando o pluralismo e a participação cívica na esfera digital. Mas também os eleitores/ opinião pública. Afinal quem está homologado a falar na Madeira, vamos bater de novo aos bajuladores do sistema.
Embora sem a atribuição de responsabilidades a nomes, a conjuntura pinta um quadro de preocupações legítimas sobre a liberdade de imprensa, a autonomia editorial, a interferência do poder económico e político na comunicação social e nas plataformas digitais, e a suposta perseguição a críticos na Região Autónoma da Madeira. Tais práticas, são incompatíveis com os princípios de uma sociedade aberta, pluralista e democrática, onde a imprensa e a opinião pública devem ter total liberdade para fiscalizar o poder.
Agora só falta mais uma insinuação de jubilo do Beto do Naval, que pela suas conversas dá-se com os censores. Que não se descubra que há algo mais do que algoritmos e inteligência artificial estúpida nas redes sociais.
Assim mais perto da realidade e com foco, a CNE e ERC já não deveriam ter atuado, digo eu... No dia de hoje, o que se percebe é que a lealdade é nenhuma com coligados.
Adicionalmente à minha "historieta", como bem diria o serviçal do Planeta, segue-se umas leituras:
John Stuart Mill na obra "On Liberty" (Sobre a Liberdade, 1859)
Argumenta que a supressão de uma opinião, mesmo que errada, é um "mal peculiar" porque rouba à humanidade a oportunidade de trocar o erro pela verdade ou de obter uma perceção mais clara da verdade através do seu confronto com o erro. Se o debate racional é impedido (censura), o entendimento e a correção do poder tornam-se impossíveis, o que mina a base da governação pacífica e legítima. Eu diria que a opinião pública é de todos e até o erro de análise é bom para o esclarecimento porque outros vão emendar.
Jürgen Habermas na obra "The Structural Transformation of the Public Sphere" (A Transformação Estrutural da Esfera Pública, 1962)
Define a Esfera Pública como o espaço de debate racional (onde a crítica e a comunicação livre florescem) que legitima o poder. A destruição ou manipulação dessa esfera (o que a censura faz) significa que a autoridade não é mais baseada na razão, mas na coerção e no poder puro. A falência da comunicação racional é a porta de entrada para a violência política.
John Milton na obra "Areopagitica" (1644)
Este é célebre, é um dos mais célebres argumentos contra a censura prévia. Argumenta que a censura não só impede a descoberta da verdade, como também torna os cidadãos "dóceis e plácidos", privando-os do exercício intelectual necessário para a virtude. O regime que exige essa docilidade está a rejeitar o debate e a preparar um campo onde a força é o único árbitro.
Karl Popper na obra "The Open Society and Its Enemies" (A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos, 1945)
Foca-se no Paradoxo da Tolerância. Defende que a sociedade deve ser intolerante com a intolerância, especialmente quando esta se manifesta pela "recusa em dialogar e pelo início da violência". A censura de vozes democráticas pelo poder estabelecido coloca o próprio poder no campo da intolerância e do irracionalismo, justificando a sua supressão por meios de força, se necessário, para preservar a sociedade aberta.
Li estas obras e estão com passagens sublinhadas, mas não quero vos maçar mais. Atentos!
