N os últimos tempos, várias pessoas com elevada competência e experiência deixaram o laboratório devido a "maus-tratos", desvalorização profissional e falta de respeito no ambiente de trabalho. Entre essas pessoas encontravam-se profissionais pioneiros em diversas áreas laboratoriais, cujo contributo foi essencial para o desenvolvimento do setor.
Adicionalmente, verificam-se situações anómalas na gestão interna dos recursos humanos, incluindo:
- Postos de trabalho redimensionados de forma pouco transparente;
- Funcionários afetos a tarefas para as quais não possuem formação adequada;
- Casos de funcionários que permanecem longos períodos sem exercer funções efetivas, dedicando-se a atividades alheias ao serviço público;
- Situações em que funcionários permanecem na receção sem desempenhar as suas funções, limitando-se a ler jornais e revistas durante o horário de trabalho, sem interagir com colegas ou com o público, permitindo inclusive que qualquer pessoa entre no edifício sem controlo ou questionamento.
Apesar de todas estas situações e da saída contínua de trabalhadores qualificados, as responsáveis pela direção do laboratório nada fazem para corrigir os problemas ou valorizar o pessoal restante. A passividade da liderança contribui para o agravamento do ambiente laboral e para a perda de qualidade e segurança no serviço.
Estas situações geram desmotivação, ineficiência, falta de segurança e má imagem de um organismo público que deveria pautar-se pela competência, transparência e ética profissional.
