O que se passa?
P rimeiro, o Sindicato dos Jornalistas a defender jornalistas, recebem uma repreensão do Diário de Notícias em favor da CMF. Depois Miguel de Sousa escreve contra o Diário num artigo de opinião no Diário e recebe tiradas dos jornalistas. Agora dois articulistas do Diário pegam-se, de novo Miguel de Sousa, mas agora com Nuno Morna.
De todos os referenciados, o único que sabe o jogo que está a jogar é Miguel de Sousa, e tem trunfos no submundo para calar e amestrar todos, menos o Nuno Morna. O articulista que com menos 50kg jogaria golfe, está capaz de ser lutador de Sumo e bater o lingrinhas do vozeirão. Mas cuidado, os jornalistas do DN gostam muito de ter toupeiras nos partidos para implodir, podem se ver tentados de ficar no estado de graça com a família Sousa, usando Nuno Morna para castigar o Miguel de Sousa
Mas em concreto, no debate público sério (seja com quem for e até anónimos e perfis falsos decentes), o mínimo que se exige é que as ideias sejam confrontadas com argumentos, dados e raciocínio. Quando, perante questões legítimas sobre um projeto financiado por todos (dinheiro público a infraestruturar Golfe para depois ser explorado por privados), alguém responde com um ataque pessoal baseado no peso corporal do interlocutor, não está apenas a falhar o debate, está a abandoná-lo por completo. Não tem argumentos, só raiva. Temos pena, o dinheiro é público para hobbies quando falta tanto aos madeirenses!
O que o Nuno Morna fez foi aquilo que deveria ser regra em qualquer discussão democrática, pediu estudos, transparência, impacto económico, impacto ambiental, análises comparativas e justificação do interesse público. Mesmo assim, cuidado, nesta Madeira forja-se estudos, até a Laurissilva teve um estudo de impacto ambiental da mulher de um "Unesco". Morna pediu factos, Miguel pairou na ofensa. Nuno Morna pediu o que qualquer cidadão exigente deveria pedir quando está em causa o uso de recursos coletivos, Nuno Morna não foi apático como gostam que a população seja. A resposta que recebeu, um comentário redutor, infantil e ofensivo, diz infinitamente mais sobre quem o escreve do que sobre quem o recebe. Isto não é política, é mesquinhez. E é também a confissão implícita de que não há, de facto, resposta para as questões colocadas. Quem tem razão (ou pensa tê-la) responde com dados, não com insultos!
A escola do PSD-M é de ofensa normalizada e aceite pela população, é o rebaixamento, Miguel de Sousa é só mais um exemplo. O que se espera de figuras públicas e decisores não é que pratiquem body shaming; É QUE PRESTEM CONTAS! Que debatam. Que expliquem. Que provem. Que respeitem quem questiona, sobretudo quando o faz com fundamento. Isto é uma democracia, apesar de enfraquecidas por esta gente.
Numa democracia adulta, não se desvia o debate para o peso corporal do opositor. Responde-se às perguntas. E as perguntas do Nuno continuam sem resposta.
