M uito recentemente manifestei-me a propósito do cada vez maior número de estrangeiros que escolhem a Madeira para viver. Pessoalmente vejo muitas desvantagens nessa migração para a nossa pequena ilha. Aqui enumero alguns motivos.
Penso que quando não estamos na nossa casa, devemos ter bom senso e educação. Na nossa casa mandamos nós, na das visitas mandam elas. Por outras palavras, é importante seguir a máxima “Em Roma sê romano”.
Lamentavelmente, somos tão brandos que nos deixamos “enxovalhar” na nossa terra por estrangeiros. Não quero ser injusta com os estrangeiros em geral, por isso destaco aqui os alemães, que nos sufocam com a sua mania de superioridade, que querem ditar as regras em todo o lado, que nos menosprezam, que querem que nós sejamos iguais a eles, ou pior, seus vassalos. Não têm qualquer respeito pela nossa cultura, tradições e língua que consideram inferior à deles. Pobres coitados, até querem que todos falemos alemão e ficam irritados se os “nativos” não souberem expressar-se na sua língua. Afinal quantos milhões falam alemão? Querem comparar a grandeza da nossa língua com a deles? Já que têm tanto desprezo pelos portugueses e pela língua portuguesa, porque vêm para cá? Por que não aprendem inglês, língua usada internacionalmente e usada para interagir por pessoas civilizadas? Daqui a uns dias obrigam-nos a beber canecas gigantes de cerveja e a comer salsichas!
Onde eles põem os pés, estragam. Não sabem respeitar os países que os acolhem.
Não sei se têm conhecimento da barbaridade proferida por Merz, chanceler alemão, o representante máximo do país, a propósito da sua estada em Belém, no Brasil .E olhem que ele não desrespeitou o Brasil e o seu povo numa conversa qualquer de café; fê-lo durante um discurso no Congresso Alemão do Comércio, onde afirmou, a propósito da sua visita ao Brasil que os jornalistas que o acompanharam durante COP30 estavam contentes por deixar a cidade. Explicou mesmo que os questionou se queriam ficar no Brasil ou voltar para a Alemanha, e que eles, como alunos bem comportados, mostraram que tinham a lição bem estudada e, por isso, nenhum levantou a mão.
Claro que ”quem não se sente não é filho de boa gente” e os brasileiros, como é natural, têm vindo a manifestar todo o seu repúdio relativamente à afirmação do alemão, incluindo o presidente do Brasil.
Os alemães não podem, nem no Brasil, nem na Madeira, nem em lado nenhum, ter o desplante de querer aculturar e “domesticar” os outros povos para caberem nos seus moldes. Têm muito bom remédio – não gostam, vão para casa - lá mandam eles à vontade.
Se querem desfrutar da terra dos outros, têm de ver a sua presença em terra alheia como uma benesse concedida pelos naturais dos países que os acolhem e têm de aprender a ampliar horizontes; aprender com as outras culturas porque quem acha que tudo sabe nunca são as pessoas verdadeiramente cultas, mas sim as mais ignorantes.
Atá agora só nos obrigam a considera-los “personas non gratas
