![]()  | 
| O Diário de Notícias já vai a caminho para fazer a reportagem. | 
Preciso de todo o vosso cognitivo para esta historieta do Planeta.
A o que parece, o Abelindo está fulo porque gosta de estrangeiros para comprar a habitação da bolha, mas não gosta de extraterrestres, porque esses verdes atrasam as obras do imobiliário ao lado do Green. Fiquei mais descansado por saber que, estes irreconhecíveis jornalistas da Madeira, afinal são extraterrestres, que se venderam para o Abelindo não mandar pagar o pau-de-fileira.
Estamos numa nova fase da seriedade informativa no secular, às vezes fico a pensar se, depois de algum jornalista ver o seu trabalho censurado, não desata a pesquisar sobre aliens. Reparem que isto bate certo, a fixação do Beto do Naval pelos verdes é afinal um mensagem codificada para os extraterrestres jornalistas atacarem mais quem não gosta de campos de golfe, são eles que mandam aterrar extraterrestres no Green para atrasar as obras. Eu logo vi que a qualidade dos novos jornalistas do secular eram coisa de outro mundo, levam o seu tempo a ambientar-se no Planeta do Beto.
Nesta ilha onde não há obras inventadas, dizem que o Abelindo mandou construir uma nova rotunda para “melhorar o trânsito espacial”, um engodo para os extraterrestres se acalmarem. O problema é que os extraterrestres do consórcio “Galáxia & Filhos, Lda.” começaram a fazer asfalto com pó lunar reciclado, e agora cada vez que um carro passa, a estrada brilha em neon verde. O Beto do Naval diz que é “arte pública sustentável” como a de São Vicente, que não traga o mesmo azar. O Jornal do Eduardo já escreveu um editorial a culpar os marcianos pela falta de passadeiras holográficas para desfocar a coisa. Dá-lhe música Vasco, em mais esta inauguração.
Consta que o Abelindo tentou fazer uma parceria imobiliária com os extraterrestres do Green, para construir “moradias com vista para a Via Láctea”. A conferência correu mal quando um jornalista perguntou se havia licença camarária para construir crateras no planalto. Foi assim que descobriram uma topeira humana. O extraterrestre tradutor teve de intervir, mas como só falava por sinais de luzes, o DN Madeira acabou por publicar que “Abelindo promete transparência total”, igual a Miguel quando pegou no secular. Literalmente. Esperemos que se faça luz na transparência do geriátrico dos jornais.
Um dos novos jornalistas do senescente afinal é um drone disfarçado de estagiário. Passa o dia a pairar sobre a redação, a gravar as conversas para o Abelindo poder “corrigir” as notícias antes da impressão. As ratas velhas andam ciumentas. Só se percebeu quando o drone pediu aumento e começou a assinar crónicas de opinião sobre “a importância de colonizar o Funchal”. O Beto do Naval achou aquilo inspirador e propôs um curso de escrita criativa em código Morse interplanetário. Dizem que é agora que o cervejeiro vai lavar nos jornalistas do Planetário.
![]()  | 
| Link da Notícia | 
Os extraterrestres resolveram investir no desporto local, devido aos bos resultados do Marítimo e abriram um campo de golfe onde as bolas desaparecem no buraco negro da 9ª cratera. O Beto garante que é inovação, o Abelindo diz que é “turismo quântico”, e o esclerosado fez capa: “Extraterrestres trazem novo fôlego ao imobiliário da galáxia”. Entretanto, os caddies desapareceram misteriosamente. Suspeita-se que tenham sido recrutados pela NASA para plantar alfaces em Marte porque os estudos estão reles.
Depois de censurarem um artigo sobre a despedida da corrupção municipal, em cerimónia privada paralela, o jornalista decidiu usar sinais de rádio para transmitir a reportagem diretamente para Alfa Centauri. A notícia chegou lá primeiro do que ao continente. Os extraterrestres aplaudiram a coragem, mas pediram revisão ortográfica, dizem que o português do "narrativas com mofo" está a precisar de tradução universal.
Entretanto, o Luís dono disto tudo não está quieto com isto dos Extraterrestres no Planeta, anda a testar o novo ferry galáctico, uma espécie de catamarã interplanetário, um porta contentores com uns camarotes para humanos e extraterrestres, que faz escala no Porto Santo para reabastecer de poeira cósmica e "lambecas". O Abelindo foi ao Pau-de-Fileira do navio e jurou que a embarcação é “100% sustentável”, embora os motores funcionem a discursos reciclados sobre desenvolvimento regional. O secular noticiou que a viagem inaugural correu bem, tirando o pequeno incidente em que um grupo de extraterrestres confundiu o ferry com um cruzeiro de colonização e tentou instalar uma sucursal da Galáxia & Filhos na doca do Caniçal. O Luís dono disto tudo, sempre diplomático, garantiu que “é bom para o turismo espacial”, mas já há quem diga que o verdadeiro objetivo do ferry galáctico é levar o Abelindo e o Beto do Naval numa missão de negócios a Saturno, onde o imobiliário ainda não está inflacionado, o que implica um trabalho de várias décadas.
Segundo as últimas informações, Luís dono disto tudo investiu no ferry galáctico também para prosseguir o intercâmbio de jornalistas SUMSARE, versão Galáctica do Erasmus, de onde saiu a equipa de galáctica... de rastos.
O secular está a preparar um noticiário interdimensional, apresentado por um holograma que cita o Abelindo e o Beto em simultâneo. A cada notícia, o público é convidado a votar online se aquilo é real, manipulado ou extraterrestre. Resultado da primeira emissão: 98% votaram “alienígena”, 2% “pouco provável, mas podia ser o Abelindo”.
Devo esclarecer que andei a fumar umas coisas na quinta.

