P arece serviço completo, o CINM já teve a máfia a lavar dinheiro, um russo a lavar o dinheiro de minério ucraniano, já transacionou armas e agora o MAR faz o resto do serviço e transporta armas em navios com a bandeira portuguesa.
O Holger G., um navio que, em novembro de 2025, estava a navegar com bandeira portuguesa, foi denunciado por organizações e pelo Bloco de Esquerda por estar a transportar 440 toneladas de munições e material explosivo com destino a fabricantes de armas em Israel. As denúncias levaram a pedidos de explicação ao Governo e de retirada do pavilhão português, repetindo-se a controvérsia levantada pelo caso do Kathrin.
O MV Kathrin, foi um cargueiro, de propriedade alemã, que estava registado no Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR) e, por isso, usava a bandeira portuguesa. Foi acusado por partidos políticos e organizações de solidariedade com a Palestina de transportar material explosivo, como RDX Hexogen, com destino a fabricantes de armas em Israel (além de Polónia e Eslováquia), violando potencialmente o Direito Internacional Humanitário. Após pressão internacional e nacional, o armador do navio pediu a retirada da bandeira portuguesa e o registo no MAR foi cancelado em outubro de 2024.
Não vi por cá a notícia de que o Comité de Solidariedade com a Palestina e o Bloco de Esquerda denunciaram o caso e exigiram ao Governo português, nomeadamente ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que retire a bandeira portuguesa do navio e confisque a carga. Se calhar o Governo regional não deu autorização à imprensa para sair com a notícia, os dias têm que ser belos, sem sombra de ideia do que aqui se passa na verdade.
