A ntes de mais, sou racional e não sou cegamente contra os senhores, digo porquê, acho que algo falhou nas vacinas da Covid que trouxeram efeitos secundários, talvez pela urgência da vacina algo escapou como feitos secundários. Mas, naquelas que estão estudadas e testadas com tempo, eu acredito.
É bom olhar para o que se está a passar naquela terra louca em que se tornaram os Estados Unidos. O cenário da saúde pública naquele país, neste fim de 2025, é alarmante, com o ressurgimento de doenças que eram consideradas erradicadas ou sob controlo há décadas. O fenómeno é atribuído por especialistas ao fortalecimento do movimento negacionista, que agora se institucionalizou e influencia diretamente as políticas governamentais.
O regresso do Sarampo é uma realidade, um recorde em 25 anos. O sarampo, declarado eliminado nos EUA em 2000, atingiu em 2025 os números mais elevados do século! Até dezembro de 2025, foram registados mais de 1.900 casos em 42 estados. Pelo menos três mortes foram confirmadas (incluindo duas crianças no Texas), as primeiras mortes por sarampo no país desde 2015. Cerca de 92% dos infectados não estavam vacinados. A taxa de vacinação infantil (MMR) caiu para cerca de 92,5%, abaixo dos 95% necessários para a imunidade de grupo.
Era bom e a bem de todos, pela imunidade de grupo, que os negacionistas tenham discernimento do que estão a fazer e ouçam todas as vozes.
A Tosse Convulsa também disparou nos EUA, o número de casos em 2025 é mais do dobro do registado no mesmo período de 2024, com várias mortes infantis relatadas.
A Poliomielite, embora ainda rara, viu as autoridades a detectar o vírus em águas residuais de comunidades com baixa vacinação, as autoridades estão em alerta máximo, temendo a paralisia infantil que a vacina eliminou há décadas.
A grande diferença de 2025 em relação a surtos anteriores é que o ceticismo vacinal passou das "bolhas" da internet para o centro das decisões políticas com Robert F. Kennedy Jr. na Saúde. Conhecido pelas suas posições antivacina, tem promovido a revisão da segurança das vacinas, frequentemente ligadas, sem base científica, ao autismo.
Mas o negacionismo não veio só, houve cortes no financiamento, o governo dos EUA cortou mais de mil milhões de dólares em pesquisas para vacinas de tecnologia mRNA (como as da COVID-19 e novos estudos para cancro e HIV), alegando que são "inseguras". Experimentar para alcançar o conhecimento não seguro? O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) reduziu drasticamente as suas campanhas de incentivo à vacinação, criando um "vácuo de informação" preenchido por desinformação.
Os especialistas alertam que os EUA correm o risco de perder o estatuto de "país livre do sarampo" perante a OMS já em 2026. Como o país é um nó central de viagens internacionais, os surtos internos estão a exportar vírus para outros países, ameaçando o progresso da saúde global.
Meus amigos, o que antes eram casos isolados em comunidades religiosas ou filosóficas específicas, tornou-se um problema de saúde pública nacional devido à queda generalizada da confiança institucional na ciência.
