C onfrontada com a resposta da GESBA, a um órgão de comunicação social da região, onde esta procura justificar e contrariar as informações sobre o real ou não aumento do valor de compra da Banana nos seus armazéns, a ABAMA, Associação de Produtores de Banana, considera necessário e importante produzir o seguinte esclarecimento:
A estupefação com a estratégia “contabilistica” da GESBA ao considerar a existência de um “ligeiro aumento nos últimos 12 anos…” é indicadora da sua falsidade e intencional manipulação da verdade.
Após uma semana de cálculos, a GESBA conclui que houve um “ligeiro aumento” do preço pago aos Bananicultores, ora que maior evidencia e constatação da sua falta de idoneidade e honestidade.
E a inflação destes 12 anos, foi “ligeira” ?
Que grosso falseamento da realidade e que factual exemplo de desrespeito pela opinião publica e pelos bananicultores.
Como exemplo: Os 60 cêntimos pagos pelas Cooperativas somados com os 10 + 4 cêntimos de apoios, em 2006 o Bananicultor recebia 74 cêntimos por Kilo. Em 2021 o mesmo Bananicultor recebe da GESBA 26,8 cêntimos e de apoio comunitário 39,2 cêntimos, somando e verificando, atualmente, esse mesmo Bananicultor só recebe 66 cêntimos por Kilo.
Com a GESBA o produtor viu e vê reduzida a sua margem de benefício e os seus resultados operacionais.
Inconcebível e inacreditável este raciocínio falcatrueiro.
E então inflação zero?!
A gestão e contabilidade que produz e divulga este tipo de informação é potencialmente incapaz.
Não só a GESBA não atualiza os preços de compra há mais de 20 anos como, desavergonhadamente, afirma que os aumentou ligeiramente.
O ligeiro aumento só é possível descortinar com contas de somar e subtrair manipuladas e usando os valores de compra da Banana Biológica. Mesmo assim, aritmeticamente, esse “ligeiro aumento” numericamente não aparece.
Banana essa de muito pouca produção e que só tem preço de compra de armazém do monopólio há poucos anos, ou seja, tentar usar esse valor para “fazer média” é de uma inqualificável falta de idoneidade e retidão na gestão de recursos e dinheiros públicos.
A Gesba não passa de uma empresa privada de capitais públicos. “O dinheiro que mexe” é de todos nós.
Mais, contabilizar as “ajudas à produção” como preço pago ao produtor é uma falacia inaceitável e enganadora.
Tal nada representa para o rendimento do produtor. O Bananicultor é que paga a inflação e todos os outros acréscimos de custos, em especial todos os aumentos relacionados com a pandemia Covid.
A organização de compra da Banana do Governo Regional julga que a sua narrativa não deixa transparecer o fracasso dos seus objetivos, que dizem ser, melhorar o rendimento dos produtores de Banana.
O que fica patente é que temos toda a razão e a verdade dos números do nosso lado.
A vergonha e o ridículo da tentativa de engano e manipulação não pode ficar sem resposta e denúncia pública.
A organização que veicula a ideia de empresa messiânica e providencial para os produtores de Banana da Madeira é um logro, pior, não passa de um instrumento de repressão do regime do atual governo que a utiliza para gerar lucros e recursos que alimentam compadrios e interesses particulares.
Esta imagem foi adicionada pelo CM pela sua pertinência. |
Nestes 12 anos de estudos aritméticos com números estáticos e de estatística elástica o custo dos fertilizantes, mão-de-obra, combustíveis nada representa?
Não soma ou subtrai, nada, nem é apreciado?
E os prejuízos com as intempéries?
Como pode essa empresa apresentar virtudes de um seguro ridiculamente ineficaz e trapaceiro que na prática nada segura e indemniza.
Pessimamente negociado e gerido pela Secretária da Agricultura usando dinheiro do lucro astronómico do monopólio da banana, de nada nos serve.
É um seguro de fachada. Mera propaganda politica e de marketing partidário dos partidos do atual governo.
A GESBA julga eterno o justificante argumento “no tempo das cooperativas” que não se esqueça que nesse tempo o governo regional reteve os subsídios e apoios comunitários durante dois anos como estratégia de pressão procurando o colapso financeiro e o esgotamento dos dirigentes e responsáveis das cooperativas.
Estamos em 2022, o ano de 2007 está há mais de uma década de distância. Que retorica mofenta e trôpega para justificar a existência do monopólio da Banana na Madeira.
A atual realidade apresenta características de produção e mercado incomparáveis com o “tempo das cooperativas” tal realidade só não é constatada por aqueles que têm interesse em manter esta perversão do mercado que é a empresa monopolista da comercialização da banana.
A ABAMA preconiza a liberalização da comercialização da Banana. Não faltam compradores e circuitos de distribuição honestos e eficientes.
O agricultor produtor tem o direito de usufruir do apoio da comunidade europeia por cada kilo de banana que produz, seja qualidade extra, seja regular, seja biológica, seja cavendish ou outra estirpe de banana.
O direito e a liberdade de vender o produto próprio do seu trabalho não deve ou pode ser limitado pelo Governo Regional da Madeira nem por qualquer organização comercial.
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