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| Os Bobos dos Czares |
P arece que ninguém está por vocação e está tudo vendido, cada lugar merece um inútil para anular a função, uma contribuição para o poder e a ordem cair em mãos de não eleitos. Se lhes dizemos ficam assanhados, olha a honra putrefacta. Roubar está na ordem do dia, a cada mandato parece a última oportunidade, agem com sagacidade mas depois vem mais outro mandato. Com novos vendidos e achados. O partido é tão fiável que se podia fazer carreira em confiança política. Para quê ser bom cristão se nem os padres acreditam e preferem experimentar a pedofilia. Também chegaram por concurso mafiado ou foi a saída profissional possível? Eles têm o mesmo medo de Deus como o partido com a Justiça. Ainda por cima com o bispo a abençoar o crime.
Em espaço pequeno a máfia floresce, uma pirâmide, a oposição acomoda-se, dá para todos. Assiste-se a uma contemplação do erro que é venerado, caso compense com alguma coisa, até ao dia de uma emergência. Não estamos longe, cada crise vem pior com guerras e alterações climáticas. Aí teremos uma monstruosa máquina de inúteis de um lado e sete cães a um osso do outro, para salvar a lavandaria. Um conselho, sabão líquido nunca deixa sarro. Havia sanitas que andavam com malas deles...
Um governo tão carente é fácil de se comprar, ou seja, compram-se uns aos outros e é uma alegria ver o débito em conta no pobre. Eles são fascinantes, empobrecê-los custa tão pouco, levantam-se como formiguinhas de manhã com fraca ambição, o dinheiro não chega mas há muitas festas e tretas. Andam felizes com a terra pujante e bem informados pelos matutinos. Parecem todos iguais numa sociedade sem classes mas alguns escondem a sua classe. Uma ilha de contrafação, imitação. Disfarça-se muito por ajuste direto já feito, fingindo vanguarda com retórica, legitimando com o prémio que o dinheiro também compra mas, nem a experiência nem o dinheiro derramado resultam em nada, a não ser engordar a conta, x para ti e para mim x. Quando for para encobrir ladra-se com violência e os outros baixam a bola, o coro aprova a mentira se quiser ter boa vida. Tadinhos do povinho, eles têm medo, muito medo, tanto medo de perder a única coisa que possuem, a pobreza. Se houvesse coragem ucraniana ou iraniana era guerra de um dia mas, o povo dá-se domesticado como a oposição, um tachinho já é bom. Um ídolo, um arraial, tá feito.
Os novos vão embora, os ressabiados que não engrenam também, quantos mais forem mais fácil se ganha isto. A demografia é como as obras, quanto mais falha mais se fatura. Por cá, os que têm bagagem, nunca são reconhecidos e o silêncio dá-lhes prazer. Azar mesmo é quando lhes sugam o valor para outros lucrarem com os resultados.
Os governantes são uns mafiosos mas o povo não é melhor, senão não se davam nisto ou então são tão parvos que caem em todas. Será? E assim vamos indo, fingidos uns com os outros, está errado mas está bom. Só há um problema, no dia em que a Europa decidir que há outros imperativos, quando pensarem nos países que há décadas recebem e que é altura de se tornarem contribuintes líquidos, por troca com o vício de sermos um Povo Superior mas sempre a barafustar por dinheiro. Não somos diferentes dos sem-abrigo da cidade, só uma categoria acima. Mudamos logo para coitadinhos. Tenho a certeza de que não estamos a construir um futuro para os madeirenses porque eles estão a partir e, esta coisa de importar votos tem dias, se o dinheiro da Europa acaba vai ser uma chatice, voltam todos para casa. No money, no funny.
A ilha empobrecendo, emigrando, criminalizando, drogando mas está tudo bem, até porque depois com a pança cheia vão viver para o Dubai das areias, deixando uma ilha paisagística e economicamente em cacos. Assim se fez a Singasuja do Atlântico.
Há uma anedota nisto tudo, estão a ver o título lá em cima? Em 46 anos disto, todos os dias, os jornalistas não viram a "puta dum corno"! Mas a Justiça também não e muito menos a Igreja, todos lucram com a máfia. Depois andam eles aflitos com as redes sociais (link), isso sim é uma casa de loucos que pode dar cabo da democracia! Imagine-se, no meio de tanto santo. Quanto mais as redes sociais dizem verdades, mais destapam esta grande máfia no péssimo sentido. Amigo pobre, da algibeira e de espírito, alegre-se, é sexta-feira e há rali das legendas à falta de melhor. Não há festa sem clássicos. Os DDT gostam de vê-lo entretido longe das redes sociais.
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