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Contas para angariar propaganda? (imagem de 18 de dezembro) |
P recisamos de perceber que interesses produzem as notícias que lemos na dita comunicação social oficial da Madeira, mesmo que não saibamos (nos nossos dias) qual o valor da carteira profissional e da deontologia. Muito se tem falado sobre uma comunicação social de joelhos perante o poder económico que usa o poder político para ganhar dinheiro. Assim que o CDS tonou-se cúmplice depois de tanta veemência, os jornalistas fizeram o mesmo na sua área. A comunicação social passou a ser uma exibição de egos, a consciência de conforto porque vai ignorar as safadezas, do mantra das áreas que dominam, mesmo que estejam a destruir a Madeira na natureza e a paisagem, com mais dívidas e afunilamento dos dinheiros públicos para sustentar grupos económicos sem viabilidade se estivessem em concorrência. Um jornalista que se torna assessor no Governo (link) ou esteja ao serviço de Grupo Económicos (link), como os que temos na corporocracia da Madeira, perdem a idoneidade aos olhos dos madeirenses independentes. Agora é uma questão de ver qual o lado maior para se institucionalizar a razão da maioria. (link)
Sabemos que muito se "infraestrutura" o reforço e blindagem dos grupos económicos do poder na Madeira, através de contratos, concessões e os próprios políticos eleitos que se prestam ao assistencialismo aos referidos grupos. Miguel Albuquerque e Pedro Calado são dois casos claros, ao que se seguem figuras menores como os secretários ou gente que põe a assinatura em documentos fulcrais para que os negócios avancem. Quem não se lembra do "espetáculo" das ribeiras do Funchal.
O essencial do problema reside no facto dos maus jornalistas, vendidos, sabujos e de fretes, rirem-se dos outros com o sucesso que obtêm. Os bons jornalistas marcam passo, muitas vezes marginalizados e com dificuldades financeiras aos olhos da deontologia, porque o poder fecha as portas em toda a comunicação social que lhes pertence integralmente, jornais e rádios, pelos interpostos Avelino Farinha, Luís Miguel Sousa e Jaime Ramos, que recebem caridosamente do Mediaram, para haver pluralismo e não terem custos pelo controlo. Fica a RTP-M de fora mas com muitas ascendências políticas e o semanário Tribuna da Madeira. Existe também o Funchal Notícias no online, e se muitas vezes tentamos perceber o que significam as publicidades manhosas à direita do seu site, também outras vezes faz o fiel da balança onde sempre aparece a verdade, noutras vezes dizem muito por foto-reportagens sobre a Madeira "por baixo do tapete".
A economia da Madeira não é livre, basta ver o caso do LIDL (apesar de toda a sua dimensão, o assunto sumiu ...), esperemos que se safe, mas sobretudo o ARMAS, também das cadeias hoteleiras internacionais e outras marcas que interferem com os monopólios regionais. Se olharmos para o GR, nas adjudicações e concessões, estão sempre os mesmos com várias empresas, às vezes criadas para negócios específicos, sem historial, e cada vez mais por ajuste direto. Dali sai muito enriquecimento ilícito, hobbies caros, bens adicionais até ao imobiliário, recuados ou penthouses, muitas vezes a compensação por aquilo que foi construído a mais. Portanto, há muito enredo para o jornalismo de investigação mas também há o reverso da medalha, falta de meios para denunciar, e é aqui que aparecem as TV nacionais a fazer o trabalho regional. Elas não dependem da economia da Madeira para faturar, os daqui não podem ter independência numa terra onde o GR controla tudo, até os fluxos da liquidez e do sucesso empresarial. É só pensar quem foi apoiado na Covid, com quem se faz negócios de verdadeiros apoios ou o passado com Jardim, quando fez a dívida escondida e esgotou a liquidez nas empresas com faturas no teto.
É importante se caraterizar o meio, o continuo afunilar para a narrativa única que um dia revelará a catástrofe final, assim tipo a bomba do default da Madeira, porque muitos anos a afunilar torna-se impossível de se viver na Madeira. Mesmo na bolha e na crise, aparecem avezinhas capazes de dizer asneiras (link) como o célebre porta-voz do Iraque de sucesso, com os americanos em Bagdad.
É indesmentível que a Madeira não está bem, vemos nos censos, porque de resto temos vampiros ricos para se dizer que afinal a Madeira não denota pobreza. É a diluição da enormidade financeira dos ricos, de tal ordem, que em estatísticas até os pobres ficam de classe média. Falta liberdade, oportunidade, rendimentos justos e mérito, é nesta mediocridade que nasce o chico-espertismo e o salve-se quem puder, onde também os jornalistas estão metidos.
Como podem observar ando às voltas, de propósito, porque de certa forma tenho pena dos jornalistas, não dos fanáticos do PSD mas dos rendidos na inevitabilidade da conjuntura político-económica da Região. É que, com uma economia que não é livre, onde se procura rendimento para viver? Só há dois caminhos, ou converte-se ou emigra. Faço notar que até partidos mais pequenos se rendem ao poder e jogam benefícios pessoais com ele.
Com esta falta de caráter dos governantes e maioria dos políticos, traidores dos pilares da democracia, burlões do voto, da verdade e fazedores de dívidas e enriquecimentos "sem classes sociais", para onde caminhamos? A larga maioria dos pobres vê os donos do Orçamento Regional e do PRR, com seus jagunços ao lado, a manobrar ardilosamente o pensamento dos que pagam esta grande festa do Atlântico.
Termino com outra observação, o que fazer desta Região que vai acabar descaraterizada e atolada em dívidas com um povo que não acorda e dá-se ignorantemente no circo que lhes montam? De resto basta a imagem e o PDF, veremos o futuros do FN. Ainda teremos de contruir uma "cooperativa de notícias" à volta do CM? Cada um vigia a sua área e dá notícias em vez de ser só opinião?
Tudo isto é uma tristeza de democracia, os inimigos estão dentro de portas e não se importam com todos os madeirenses. Prepara-se a unicidade de um bezerro de ouro ainda mais ditador.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2022
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