Como se certifica sustentável não sendo sustentável?


Em breve madeirenses e turistas se sentirão burlados (link)

S ão conhecidos os impactos negativos da massificação turística ou utilização massiva das áreas turísticas, que levam à perda de valores culturais, à especulação sobre terrenos e imóveis, à descaracterização da paisagem, aumentando a poluição da água, solos, ruído e atmosfera, com alteração nos habitats da fauna, entre outros . De facto, o número de dormidas, tem vindo a crescer à custa da massificação do setor e da ocupação, artificialização e descaracterização da paisagem. Serras e trilhos lotados, onde não há rei, nem roque. Vale tudo! Destroem aquilo que de melhor a Madeira tem, a sua paisagem.

O turismo pode trazer vários benefícios, mas o excesso torna-se prejudicial e não é sustentável. Temos que aprender com os exemplos bons!

Já são vários os casos de ilhas e praias da Tailândia que encerram aos turistas para recuperar o ecossistema marinho, muito prejudicado pelo excesso de pessoas e barcos.

Uma das cidades mais belas e visitadas do mundo, Veneza está a assistir a uma fuga dos seus habitantes locais. Estima-se que até 2030 a população local possa desparecer. Para que isso não aconteça a associação Itália Nostra pediu ao governo que os navios de cruzeiros fossem proibidos no porto da cidade. Nos últimos 15 anos o tráfego de cruzeiros quintuplicou em Veneza.

Machu Picchu, no Peru, que encanta viajantes do mundo todo limita o número de turistas para assegurar a conservação daquele que é um dos locais mais procurados do Peru. O excesso de visitantes – quase 3 milhões por ano – fez com que as Nações Unidas colocassem Machu Picchu na lista de locais em risco. 

Os Açores recusam ser um destino massificado e, em contrapartida apostam no reforço da sustentabilidade:

Com o boom do turismo de massificação passou-se para a ilusão, para um bluff de que é um destino sustentável, um bluff "da casa cheia"  mas que não deixa dinheiro, e em nada beneficia a paisagem. Recorde-se a reportagem da RTP :"Apesar do grande número de visitantes no Funchal, os vendedores do comércio local dizem que o negócio está mais fraco do que em anos anteriores. Queixam-se de que os visitantes apenas tiram fotos aos produtos e que vêm para a Madeira com o dinheiro contado para as férias:

Não podemos continuar com o turismo massificado, não é sustentável! 

Afinal que certificação é a de destino sustentável? (link) Sem mudanças concretas ao nível da sociedade, da economia e da vida quotidiana, será impossível pensar num futuro viável! 


Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 26 de agosto de 2023
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