Do rali prova rainha à prova fantasia


V amos somando pálidas ideias do que muitas instituições, clubes, jornais e atalhando, até provas desportivas, já foram. O Rali Vinho Madeira precisa de rumo, alguém que lhe trace um objectivo para acabar com esta realidade onde uns cotas vêm se divertir, os privilegiados do regime vêm se exibir, muitos com apoios estatais por becos, portas e travessas e onde há grande probabilidade de ganhar alguém do regime para engrandecer o Povo Superior. Uma vez mais o madeirense não é exigente, deixa andar, acostuma-se à ideia de que o Rali é um convívio.

Lembram-se no passado qual era a justificação do Governo para o apoio ao RVM, com bons nomes em disputa pela liderança dos campeonatos internacionais? A promoção da Madeira. Expliquem-me agora o que promove o Rali? Todos os que participam, noticiam ou são aficionados parecem ter um pacto de fazer de conta, mas todos também sabem que isto não é nada e pouco conta. O Rali Vinho Madeira é uma prova histórica e já teve outra notoriedade no calendário internacional de ralis. Foi reconhecido por ser exigente e ter condições desafiadoras, com percursos sinuosos e panorâmicos, atraindo pilotos e entusiastas de todo o mundo, mas agora é preciso pagar para que alguém minimamente de jeito apareça. Porque pouco conta. Lembram-se que diziam que o Vinho Madeira só não subia ao Mundial por falta de uma boa parte em terra, porque de resto tinha tudo?

Da mesma maneira que há um pacto de silêncio de quem usufrui do Rali, para não fazer notar que não está bem, ninguém toca na pecha mortal, obra de um egoísta que ainda não se cansou de sugar da Madeira e fazer dela o que entende. Tem os portos, tem os porta-contentores e tem um diário, resultado, nós não temos notícias, nós não temos ferry, nós não resolvemos facilmente com uma rampa ro-ro. O Rali hoje em dia é uma prova de obstáculos para se concretizar, onde o inimigo é interno e onde tudo se cristalizou.

Sabemos que a importância dos eventos desportivos podem variar ao longo do tempo, por mudanças nas preferências do público, a concorrência com outros eventos, questões financeiras ou logísticas, etc, mas aqui na Madeira, o Rali abençoado pelo Governo Regional e com uma logística que sai da seita política, evidencia-se o paralelismo de como é a Madeira na atualidade, sem a propaganda e através da prova: consumo interno para engrandecimento do Povo Superior.

Está aí a Festa do Rali, cada vez mais um momento de encontro anual entre muitas mais pessoas do que o evento de há duas semanas. Precisamos de sangue novo, objetivos, apoio, ferry e eliminar algumas zangas que amarram a Madeira e que nunca foram resolvidas. Só desaparecem com sangue novo, mas aqui para mudar algo ... só com o limite humano.

Viva as low costs para se ver provas de jeito sem os cromos idolatrados da Madeira. A prova foi transformada num veículo de promoção e vaidade local.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 3 de Agosto de 2023
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