Miguel "Maduro"?
P ara quem pensa que a Madeira é pioneira em tudo, aqui vai uma pequena história de alguém que conhece bem o mundo das criptomoedas. Já ganhei algum dinheiro e também já perdi muito. Espero que sirva de exemplo.
A 6 de janeiro de 2018, Nicolas Maduro ordenou a emissão de 100 milhões de Petros, no valor de 6 biliões de Dólares, ligados ao valor do Barril de Petróleo e do minério venezuelano como o ouro e os diamantes. Era a primeira vez que um Governo lançava uma moeda virtual, caracterizada por um Blockchain descentralizado, ou seja, o Banco da Venezuela não podia controlar o seu valor real, por outras palavras, injetar ou retirar dinheiro da economia para controlar a inflação.
O Governo Venezuelano avançou com uma campanha oficial agressiva e persuasiva, obrigando inclusive os Bancos Venezuelano a negociar ativos em Petro.
Os venezuelanos desconhecedores das criptomoedas começaram a trocar Bolivares por Petro, com o objetivo de acumular mais valias, mas depressa o El Dorado tornou-se um pesadelo levando muitas famílias à falência.
Maduro tentou de tudo para promover o Petro no mercado venezuelano e chegou a usá-la para pagar salários aos funcionários públicos, como forma de impor a moeda digital no mercado interno. A tentativa falhou porque a moeda não era aceite nos bens importados. As empresas e as cadeias comerciais, rapidamente aperceberam-se de que as transações internacionais de bens não se podiam trocar por Petros pelo que desistiram, não se livrando de grandes perdas financeiras, levando algumas à falência.
Mas Maduro não se ficou por aqui, chegou até a criar uma bolsa de valores virtual para negociar a moeda virtual, resultando na especulação do valor da moeda que só beneficiou altos funcionários do governo Venezuelano. A burla era tão grande que oficialmente a moeda estava cotada a um valor e no mercado digital estava 40% abaixo.
Não estivéssemos na Venezuela! As criptomoedas acabaram por ser um veiculo de corrupção no meio dos chavistas corruptos no negócio do Petróleo da Venezuela. Não foi por acaso que a SUNACRIP (Superintendência Nacional de Criptomoedas) viu-se envolvida num escândalo de corrupção com a petrolífera estatal PDVSA, levando à detenção de dezenas de funcionários e à renúncia do poderoso Ministro venezuelano do Petróleo.
Atualmente, devido às continuas sansões comerciais dos Estados Unidos e à recusa da OPEP em aceitar a moeda virtual venezuelana para negociar o petróleo, o Petro caiu a pique para valores próximos do zero.
Perante os inúmeros casos de corrupção à volta da moeda e do petróleo, a 9 de janeiro, o Parlamento Venezuelano declarou o Petro ilegal.
Moral da história. Se a Venezuela tem petróleo, ouro e diamantes, a Madeira tem o negócio imobiliário e o CINM. Será que a História se vai repetir?
Pede-se por isso a atenção do Banco de Portugal e do Ministério Público.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 3 de Novembro de 2023
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