O Serviço Regional de Proteção Civil, IP - RAM desempenha um papel crucial na formação dos bombeiros na Região Autónoma da Madeira, oferecendo cursos de tripulante de ambulância (TA). Durante anos, a validade destes cursos estava restrita ao arquipélago, impedindo os bombeiros de exercerem funções no continente devido ao não reconhecimento das suas qualificações. Contudo, alterações recentes permitiram o reconhecimento destes cursos pelo INEM, parecendo ser uma evolução positiva à primeira vista.
O primeiro desafio surgiu quando se tentou alinhar a formação aos padrões exigidos no continente. A maioria dos bombeiros perdeu os cursos, revelando uma lacuna significativa na seriedade e rigor da formação anteriormente ministrada.
Este episódio marcou o início de um período de ruína, onde, em vez de se elevar o nível dos cursos para atender às exigências nacionais, o Serviço Regional de Proteção Civil optou por facilitar os processos de formação e avaliação.
Nesta abordagem os formadores ajudam nas respostas dos testes, deixam os bombeiros copiar nas avaliações e até por vezes explicam as perguntas dos exames antes dos mesmos ocorrerem, para que ninguém perca.
Há ainda um grande desrespeito pelo tempo dedicado à formação, chegando a ser flagrante, com atrasos de mais de 30 minutos no início das aulas, intervalos de 45 minutos e término das sessões 30 minutos mais cedo. Desta forma, de quatro horas de formação programadas, apenas metade é efetivamente utilizada.
Este cenário é extremamente preocupante, não pela busca dos bombeiros por facilitismo, mas pela falta de rigor, exigência e excelência por parte do Serviço Regional de Proteção Civil, IP - RAM.
O resultado é um socorro comprometido, prestado por agentes de emergência mal preparados, cujas qualificações são mais fictícias do que reais. Esta situação coloca em risco a confiança e a segurança da população, que merece ser socorrida por profissionais devidamente qualificados.
É imperativo que todos, desde a liderança até aos formadores e bombeiros, se empenhem em garantir que cada curso reflita um padrão de rigor e excelência, assegurando assim a qualidade do socorro prestado na Região Autónoma da Madeira.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 1 de março de 2024
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