N a entrevista de Albuquerque esta noite na RTP Madeira (link) o mesmo afirmou que não vai baixar o IVA dando o exemplo repetido ad nauseam dos restaurantes, que quando o Costa baixou o IVA da restauração os preços dos pratos nos mesmos não baixaram.
No actual tempo de crise económica - apesar de todos os indicadores do PIB elevado - quantas são as pessoas da classe média e baixa que vão almoçar ou jantar em restaurantes, quando para fazer as compras da alimentação básica nos supermercados já se veem à rasca.
Os alimentos básicos têm o IVA reduzido, é verdade, mas antes do PAEF pagamos 4% de IVA e não os 5 actuais.
Com a taxa máxima de 22% - em vez dos anteriores 16%, com a anterior aplicação do diferencial fiscal de 30% - toda a gente paga a taxa máxima em diversos produtos e serviços, numa altura em que a maior parte da população passa por grandes dificuldades económicas, e vou dar alguns exemplos, para que todos percebam como estamos a ser "roubados" por um governo que era suposto defender o povo que o elegeu e não ser esmifrado por ele.
Alguns exemplos práticos:
- Se uma pessoa comprar um eletrodoméstico ou um telemóvel ou televisão nova paga 22% de IVA (em vez de 16).
- Se comprar um carro novo, mesmo dos mais baratos, paga muito mais por ter o IVA a 22%.
- Se um jovem casal comprar uma casa nova paga 22% de IVA, em vez de 16.
Por fim, sabemos como os combustíveis estão pela hora da morte. Se em vez de pagarmos 22% de IVA pagássemos apenas 16, e se em vez de pagarmos 30% do imposto sobre os combustíveis, como decretou o PAEF - que nos foi imposto, tal como uma canga, por obras inventadas, desvairadas e inúteis, a gasolina e o gasóleo seriam muito mais baratos.
Portanto, sr. presidente, não nos venha enganar, como sempre o fez, com a tanga do IVA dos restaurantes não se reflectir na baixa de preço, dado que quem os frequenta são os abonados da classe media-alta e alta, os entalhados do governo e sobretudo os turistas.
O povo está a passar por muitas dificuldades e a reposição do IVA para os valores pré-PAEF iriam ajudar muita gente a chegar com mais dinheiro no bolso até ao fim do mês.
A sua teimosia neste e noutros assuntos, que deveras afligem o povo madeirense, poderá e deverá sair-lhe caro nas próximas eleições. Temos pena.
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