Comentadores livres libertam a comunicação social.


C ara plataforma, boa tarde. Não sei se deram conta de um texto que saiu no Funchal Notícias digno da verdadeira "liberdade de imprensa", apesar de ser só no digital: "Um conselho de Sherlock Holmes".  Em sobriedade de análise, vai tocando eficazmente nos problemas de algum jornalismo regional. Falo do texto do Professor Nelson Veríssimo que, evitando o que é comum, constrói um raciocínio sobre o que vamos vendo, perante tanto assédio, "exonerações" e controlo da informação: as pessoas atuam na defensiva. Saliento esta parte:

A existência de plataformas, onde as publicações resultam de denúncias anónimas, revela, em primeiro lugar, que há riscos para quem pretende transmitir informações credíveis e de interesse para o bem público, e, em segundo, que emitir livremente uma opinião é também perigoso na nossa sociedade. Qualquer crítica objectiva é tomada como calúnia ou difamação, como se não houvesse direito à liberdade de expressão. O anonimato vai funcionando como fonte de informações preciosas para algumas instituições, como é o caso do Ministério Público. Mas serve também para veicular uma opinião livre, numa sociedade demasiado controlada. Alguns jornalistas e comentadores têm zurzido nos projectos digitais de opinião. Quem conhece um pouco de História, sabe que, durante décadas, muitos artigos da imprensa eram anónimos, assinados por pseudónimos ou com iniciais, difíceis de identificar. Perante obstáculos, foi assim que a imprensa sobreviveu e a opinião pública impôs-se, principalmente quando a democracia ainda não existia ou era muito limitada, e assinar constituía um risco. (in Funchal Notícias)

Nota: convido a ler o texto na íntegra (link).

A cultura expande horizontes e confina-se em exemplos que provam que a nossa conjuntura é uma repetição do passado, que a ousadia encarna soluções iguais, que só o controlo absoluto espuma contra e acha delito. É a ditadura que alimenta o anonimato, alguns deveria estar irritados consigo mesmo. Nos nossos dias é utópico se pensar que vai haver controlo total, a menos que estupidifiquem todos com pão e circo.

O Professor também foi (se calhar ainda é) vítima de perseguição, o texto ganha mais valor porque como se vê tem coluna e fundamento, isso irrita alguns mitómanos do vale tudo. Conhecendo um pouco do seu caso, evitou aquilo que muitos comentadores homologados pelo poder fazem, escrever em causa própria, porque até podia, porque é alvo de perseguição. A piada é que quem persegue é santa-toupeira com guarida no jornalismo oficial, fazendo as delícias do poder em sede da oposição.

Que o Funchal Notícias conserve os bons comentadores, só o valorizam. Porque é que a imagem dos jornais não é atenuada por comentadores livres?

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 31 de julho de 2024
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