O "trapiche" do Atlântico

Alojamento Local: Moedas às avessas em Lisboa enquanto Eduardo "Avestruz" fecha os olhos e Ventura teme que divulguem os seus financiadores

E m Lisboa, ainda que de forma superficial, os políticos já estão a debater o crescimento do Alojamento Local, que, no mandato de Fernando Medina (amigo do "lobbista" Bernardo Trindade, protegido de António Costa e representante deste para a Madeira) subiu de 500 para 18.000 estabelecimentos.

Dado que o DN/O (Diário de Notícias dos Oligarcas) não pode censurar uma notícia da agência LUSA (uma empresa do Grupo de Pinto Balsemão: SIC e Semanário Expresso, entre outros órgãos de lavagem cerebral), é, finalmente, aberta, num órgão de propaganda regional, a temática do Alojamento Local (em que parece não haver consenso na tribo laranja) e, quem sabe (se os madeirenses abrirem os olhos), dos seus efeitos nefastos em termos de equilíbrio social, ambiental e até turístico, caso se mantenha a opção 'algarvia' dum 'turismo de pé descalço' e de "sacos de supermercado" ou de um turismo de qualidade.

Durante muitos anos Alberto João Jardim enganou os madeirenses com a história do "limite de camas turísticas" como se estivesse a governar em nome do superior interesse do Povo. Neste momento parece não haver limites. E, como se não bastasse, vergado aos lobbies, fez com que os funchalenses deixassem de ter acesso à maioria da área de mar que banha a cidade, transformada em zonas privativas de empreendimentos hoteleiros (e cujo valor das licenças de utilização do domínio público marítimo - publicamente omitido, tal como as douradas reformas vitalícias - tem sido a preço de banana, no caso equivalente ao que a GESBA paga aos agricultores: há que manter o critério, mesmo que seja invertido...).

O que há, desde há quase uma década a criar 'teias de aranha' no gabinete (antes e depois do 'puxão de orelhas' de Luís Miguel Sousa), é um secretário regional que mais parece o director regional da estatística a 'vomitar' números (somente quando estes são favoráveis) e em circunstância alguma a não falar, de um modo holístico, do tipo de destino turístico que pretendemos para a Madeira e Porto Santo. Qualidade parece que só nos carros antigos... Números por números (e quantidade em vez de qualidade, já de si mereceria um corte de 50% do salário de secretário regional) deveriam quiçá colocar o director regional de estatística como secretário regional do turismo, pois que nem se sentiria a diferença (excepto, certamente, a parceira de imprensa - e não só - Licínia). E o erário público sempre pouparia um ordenado.

Quero manifestar a minha solidariedade a quem denunciou o previsível abate, sob falsos pretextos, de mais uma árvore (no mínimo) centenária, denunciada, há pouco tempo, no Correio da Madeira. É uma verdadeira 'dor de alma' percepcionar a "fussada" que esta malta da "Madeira Nova & Renovadinha, Lda" tem feito. Há já uma 2.ª edição do livro "O Triunfo dos Porcos", adaptada à Região: "O Triunfo dos Patos Bravos", disponível no Centro de Estudos História do Atlântico (história 'revisionada'; que, por exemplo, omite a história verdadeira da FLAMA, ao serviço dos... espanhóis; Rubina Leal, sem o saber, veio destapá-la no seu recente discurso).

Só espero que, quando se verificar uma profunda crise no Turismo, por acentuada quebra de clientela, não venham dizer aos madeirenses para fazer o mesmo que foi feito aos Bancos Privados, que foram recapitalizados em milhares de milhões de euros com o dinheiro dos contribuintes. Com a desculpa de que querem salvar postos de trabalho (em especial quando, durante este tempo todo, estiveram a 'sugar' os trabalhadores até ao tutano com más condições de trabalho e salariais). A haver recapitalização, que seja a das famílias há quase meio século sucessivamente 'roubadas' por monopólios de facto e de direito.

Do mesmo modo que os suíços que compraram a empresa do ARMAS aguardam pelo momento (politicamente) oportuno para entrar numa Madeira sem Albuquerque e demais 'quadrilha', da qual ele é mero 'testa de ferro' (garantindo não só o transporte de passageiros para o Continente mas também, imagine, para Porto Santo: em concorrência com o oligarca: já não engana os novos donos como fez da primeira vez), também há grupos hoteleiros preparados para a fase 'pós implosão' dos patos bravos locais armados em hoteleiros, pelo que a questão do desemprego dificilmente se colocará. O desemprego só se coloca num cenário de quebra de qualidade de serviço e do destino turístico.

Já é tempo dos madeirenses deixarem de 'comer gelados com a testa', na certeza de que até o preço de um gelado é ridiculamente elevado. E quanto ao André Ventura (que teme que se saiba quem financia o CHEGA e que será divulgado caso haja apoio a Albuquerque), o caos na Madeira tem um nome: PSD, independentemente do 'cabecilha' que lidere o governo minoritário e que pense que é o Senhorio da Quinta Vigia e não um mero Inquilino (acumulando, no caso, com a dupla condição de imuno-arguido).

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 2 de julho de 2024
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