N uma das últimas discussões das propostas de Orçamento e PIDDAR para 2024 a Sra. Deputada Lina Pereira (JPP) aproveitou para denunciar situações de desvio de viaturas de socorro para transporte de doentes não urgentes.
A denúncia até foi coerente e pode fazer sentido em contexto específicos. Acontece, mas digamos que é raro. Erradamente mostra uma foto de um transporte aéreo do PXO acompanhado, sendo que no acompanhamento da ambulância de socorro, estava a viatura EMIR. Este tipo de transporte é planeado e se a EMIR está presente é porque a vítima carece da sua intervenção diferenciada. É legítima e houve critério.
Por outro lado, intervenção da senhora deputada, foi muito pertinente e lança à discussão um tema que se negligencia um pouco porque na Madeira uma ambulância De Socorro transporta doente urgente como da mesma forma e erradamente um doente para exame/consulta.
Na lei temos 3 designações de ambulâncias: A, B e C. Aconselho a leitura para melhor diferenciar cada uma delas.
No entanto de forma mais fácil de diferenciar: as ambulâncias amarelas, são ambulâncias de socorro. As brancas com risca vermelha são de transporte de doentes não urgentes ( O SESARAM e Madeira Health Care são as únicas entidades que têm estas com a sua própria gestão).
Um dos fenómenos que acontece é precisamente a utilização de ambulâncias de socorro, seja de corpos de bombeiros ou Cruz Vermelha para transporte de doentes não urgentes a pedido de particulares. Uma vez que estas corporações não têm ambulâncias brancas com risca vermelha fazem-no com as de socorro (amarelas). Normalmente este transporte é pago pelo requerente. Posso estar a cair num exagero porque no fundo, uma ambulância de socorro tem praticamente as mesmas características. Certo. Mas, atenção, quando uma de socorro faz um transporte de doente não urgente de forma particular para um exame/consulta, é menos uma que o dispositivo regional de socorro tem para atender às situações emergentes. E, às vezes, pode fazer a diferença nem que seja para acudir a um outro concelho cujas ambulâncias estão em ocorrências. Daí eu achar de uma pertinência a intervenção da sra deputada. É que os corpos de bombeiros nunca fizeram por distinguir cada uma dessas missões/veículos. Claro que, não se trata só de ambulâncias. Tem de haver recursos humanos para tal, mas, se há esse argumento, não deveríamos priorizar só o socorro e deixamos de fazer "sandes mistas"?
No Continente, isto está bem definido. Os corpos de bombeiros possuem viaturas de transporte de doentes não urgentes e, nunca uma ambulância de socorro, faz transporte de doentes não urgente.
Desafio a sra. Deputada Lina Pereira explorar o assunto não só pela legalidade da coisa, mas também para maior eficiência destes meios na região. Força!
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 30 de julho de 2024
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