J osé Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, não só falhou na promessa de notificar os tribunais sobre o levantamento das imunidades dos membros do Governo Regional como também tem demonstrado um estranho apego ao atraso. Já é sexta-feira e, até agora, o processo continua pendente. Com as férias judiciais à vista, a sua procrastinação parece ser, no mínimo, conveniente.
Mas qual é o objetivo? O que ganha Rodrigues ao atrasar uma questão tão simples e urgente? Não seria o caso de, ao menos, dar um passo em direção à transparência e ao cumprimento da lei? Ou será que, de forma subtil, está a dar um tempo precioso a Miguel Albuquerque e ao seu governo, permitindo-lhe escapar, mais uma vez, à pressão de um processo judicial? A indiferença de Rodrigues para com os tempos processuais parece ser mais do que simples burocracia – soa a estratégia para adiar o inevitável e proteger os interesses de quem, no fundo, ainda governa. A justiça, esta sim, fica para depois, enquanto os jogos políticos continuam.
José Manuel, este jogo de palavras e prazos não engana ninguém. A procrastinação, em política, tem um custo, e o tempo é um aliado traiçoeiro. O povo da Madeira não esquecerá que, mais uma vez, os interesses políticos se sobrepõem à necessidade de ação e justiça. Se a sua estratégia é adiar para preservar um sistema que já está a ruir, prepare-se: o relógio da paciência dos madeirenses está a contar os minutos.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
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