A antropofagia socialista


H oje (ontem 2-1-2024), o DN/Madeira destaca, em primeira página, que Jaime Leandro pretende desvincular-se do Partido Socialista. Ora, mais um caso que o Diário desenterra para enterrar o PS. Mas quem é o Jaime Leandro? Que peso terá no eleitorado socialista. A resposta a estas duas perguntas só pode ser zero. Com certeza, que já deveria ter saído, ou melhor, nunca deveria ter entrado nem nunca deveria ter sido proposto para deputado regional. Percebeu que não tinha lugar e saiu, o PS agradece.

Caro “camarada” Jaime: eu não queria dizer mal de ti, até porque se o fizer o Correio da Madeira não publicará este artigo. Mas tu, no eleitorado madeirense, vales zero.  Desculpa, mas esta é a verdade. E a tua prestação como deputado na Assembleia Legislativa da Madeira foi muito fraca. A tua saída do Partido Socialista é um benefício para o Partido.

Sempre que se preveem eleições, há uns socialistas que tratam de passar para a opinião pública madeirense e porto-santense uma imagem de divisão interna, contestando a liderança e as suas escolhas, na praça pública. Ainda não aprenderam que é, precisamente, nessas ocasiões, que o PS se deve mostrar unido e falar a uma só voz. Em vez de andarem a se “comer” uns aos outros, deveriam unir-se e virem para junto do eleitorado, numa militância ativa, para que o PS adquira um melhor resultado. Beneficiaria o PS, beneficiaria a Madeira.

Contudo, não é isso que se passa. Um dos líderes da divisão é Carlos Pereira, deputado na Assembleia da República por Lisboa, que já foi líder do PS e que também estraçalhou o partido pelo seu comportamento egocêntrico. À sua volta gravitam os mesmos de sempre, o Carlos Jardim, que ambiciona a liderança e já timidamente o demonstrou, o Miguel Fonseca, que já andou de mão em mão partidária, até como o Bloco de Esquerda, a Liliana Rodrigues, que ficou gravemente traumatizada (e ainda não conseguiu suplantar, coitada) por não ter continuado no Parlamento Europeu onde teve um desempenho nos lugares inferiores da escala classificativa, apesar de efabular, como noutras vezes, uma realidade diversa,  o João Pedro Vieira, que parece não gostar da ou não ter jeito para a Medicina, e na política quer fazer carreira, mas não sabe onde, nem como, e depois uns históricos e seniores como o Arlindo ou o Maximiano, que já deveriam ter juízo para não pactuarem com essa antropofagia socialista, que há anos vem dando cabo do Partido.

Camaradas socialistas: o momento é de união. Basta de dar uma imagem tão negativa da vossa incapacidade como Oposição, para gaudio do DN/Madeira e do PSD/Madeira. 

Cafôfo, neste momento, é o líder do PS. Toca a unir-se e trabalhar para um bom resultado do PS. 

O mal da Madeira não é só o PSD/Madeira, mas também o facto de não haver uma oposição credível.

Camaradas, o momento é de UNIÃO, não de vaidades ou traumas pessoais. Os antropófagos que refreiem os apetites e contentem-se, por agora, com uns vegetais e uns tranquilizantes. O tempo próprio para debater e apresentar novos projetos de liderança não é este.

Acreditem, em termos de votos, Paulo Cafôfo vale mais do que Pereiras, Vieiras, Lilianas & companhia. Portanto, unam-se, venham para o terreno trabalhar e deixem a maldita intriga, na qual se tornaram especialistas. Os eleitores estão fartos de divisionistas. Aprendam: esta é a hora da união, não da exibição.

Um abraço, Leandro, fizeste muito bem em sair. A tua saída peca por tardia. Agora tens mais tempo para fazeres o que mais gostas, mas tem cuidado com os exageros. Quem te avisa, teu amigo é, apesar de anónimo, devido às circunstâncias de falta de democracia nesta Região, matéria que os divisionistas do PS/Madeira fingiram nunca ver, apesar do alerta do saudoso Mário Soares que, pela primeira vez, falou no deficit democrático da Madeira.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 2 de Janeiro de 2025
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