E sta, é claro, uma afirmação factual que os responsáveis pelos órgãos de comunicação social, que os jornalistas vendidos e ou que dependem do seu ordenado, na sua hipocrisia, fazem por ignorar. A verdade jornalística e o dever de informar com seriedade baseado no código deontológico são completamente cilindrados.
Mas esta é uma afirmação e uma certeza de cidadãos elucidados e conscientes que observam, leem, analisam, questionam, comparam e é também, cada vez mais uma noção percebida pela generalidade da população.
Mesmo os cidadãos menos atentos, vão constatando que há notícias que não saem na Madeira, mas saem na comunicação social do Continente. Notícias que obedecem a perguntas incómodas, investigação, confrontação, com valor jornalístico, notícias que são relevantes para os Madeirenses e que não saem nos media da Madeira. Mas são órgãos Regionais que são e estão instalados na Madeira, que têm todos os meios cá, estratégias premeditadas que levam a naturais e óbvias relações e elementares conclusões e que permitem a estes mesmos cidadãos, colocar legitimamente a credibilidade da comunicação social madeirense em causa.
O uso de metodologias de abordar a notícia de forma superficial, maquilhar ou simplesmente nem tocar no assunto, quando o assunto é notícia e tem obrigatoriamente de ser explorado amputa o "quarto" pilar e perde a democracia.
Dou-vos apenas 2 exemplos de assuntos que foram objeto de atenção por órgãos de comunicação social do Continente, que tocam à Madeira e a todos os Madeirenses que são atualidade/informação e deveriam de ser notícia por parte de todos os media regionais, revelando bem esta falta de seriedade jornalística.
Por estes dias foi dado a conhecer pelo JPP, através de uma notícia da SIC, que dava conta que a água para a agricultura aumentou 151% e para os campos de golf apenas 31,8%. Um aumento exponencial que vai afetar o bolso de todos os Madeirenses quando forem ao supermercado e que vai criar aos agricultores mais dificuldades e debilitar ainda mais o setor, já de si agonizado. Ora não se percebe como é que a comunicação social, primeiro, passa ao lado e não pega neste assunto e depois não vai perceber a reação de todos os interessados e as consequências que acarreta, bem como o que representa de aumento nas várias produções. Que se perceba, se houver uma guerra, não é erva que vamos comer!
O outro exemplo claro e que saiu nas televisões e jornais nacionais, foi a notícia da descida do país no ranking que perceciona a corrupção. Ora bem, qual não é o maior assunto da atualidade que envolve a Região, que não é a corrupção e que nos empurra para eleições?
Por outro lado, ocupa-se o espaço mediático com notícias para encher chouriços, colorir, ou confundir com habilidades e ilusionismos as alminhas iletradas e com pouca capacidade de escrutínio.
Este colaboracionismo, mata a comunicação social e os jornalistas dia a dia, confluindo para uma decadência numa estrada sem retorno.
Permitam-me aqui deixar uma palavra de apreço e valor às poucas exceções, nomeadamente ao Nicolau Fernandez e em particular ao António Gorge Pinto, por usar o espaço de comentário para informar a população, responsavelmente e com seriedade, usando dados, factos e análise comparativa, não se deixando ficar pela rama, porque isto de ser comentador, não é um desfile de vaidades nem é para tratar da sua vidinha.
Uma informação séria, faz uma democracia forte!
PS: Noutros tempos, por esta altura, já havia um bom par de sondagens.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 13 de março de 2025
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