Carta Aberta: transparência e ética no ténis da Madeira


A quem possa interessar,

O desporto deve ser um espaço de meritocracia, transparência e igualdade de oportunidades. No entanto, a atual gestão da Associação de Ténis da Madeira (ATMAD) levanta sérias questões sobre conflitos de interesses, imparcialidade e a forma como são definidos os critérios de seleção para os estágios e competições nacionais.

É do conhecimento público que o atual Diretor Desportivo da ATMAD acumula diversas funções que colocam em causa a sua isenção e imparcialidade:

Dá treinos privados a atletas de outros clubes, beneficiando financeiramente desses jogadores enquanto influencia decisões estratégicas. Isto cria um cenário onde certos atletas recebem tratamento preferencial, seja em oportunidades de participação em competições, seja em apoios institucionais da associação.

Acompanha atletas a competições fora da Madeira, sendo remunerado pelos pais, o que gera dúvidas sobre a justiça na seleção de jogadores para eventos e potenciais desigualdades de tratamento. Se um dirigente da ATMAD também atua como treinador privado remunerado, há um claro conflito de interesses entre a sua função pública (que exige imparcialidade) e os seus interesses privados (que o beneficiam financeiramente).

Seleciona e convoca atletas para estágios e torneios fora da região, favorecendo jogadores com quem mantém relações comerciais ou pessoais, levantando sérias suspeitas sobre a transparência do processo.

A definição dos critérios de seleção também levanta dúvidas quanto à sua transparência e coerência. São estabelecidos critérios que parecem ser moldáveis conforme as conveniências, permitindo que certos jogadores sejam convocados em detrimento de outros, sem justificações claras. Há uma suposta hierarquia de critérios, mas ao mesmo tempo, menciona-se que o comportamento dos jogadores em competição pode ser um critério automático de exclusão.

No entanto, sabe-se que há atletas com histórico de má conduta desportiva que continuam a ser selecionados para estágios e torneios.

Como se pode garantir que os critérios são justos e aplicados de forma igualitária?

Se o comportamento em competição é um critério eliminatório, como se justificam convocações de atletas que, comprovadamente, demonstram má conduta desportiva?

Não será este um mecanismo subjetivo para justificar exclusões seletivas e favorecer determinados interesses?

Implicações Éticas e Necessidade de Transparência

Este cenário compromete a credibilidade da ATMAD e coloca em causa a confiança de atletas, treinadores e clubes no sistema desportivo da região. Há indícios claros de:

Uso indevido de informações privilegiadas para beneficiar determinados jogadores.

Influência indevida na convocação de atletas para eventos oficiais, prejudicando a igualdade de oportunidades.

Apelo à Transparência e Justiça

O que deveria ser um processo transparente e meritocrático transforma-se num jogo de interesses, onde quem tem as conexões certas leva vantagem.

Apelo à Associação de Ténis da Madeira, para que analise esta situação e assegure que o ténis na Madeira seja gerido com imparcialidade, integridade e justiça.

O silêncio e a inação apenas perpetuam um sistema onde alguns são favorecidos em detrimento de outros. O desporto deve ser um espaço de oportunidades iguais para todos.

Transparência. Igualdade. Justiça. É isto que se exige para o ténis da Madeira.

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