U ma declaração desafiadora da determinação da opinião pública em não ser silenciada, servindo como um contraponto essencial ao poder autocrático. Não nos calaremos. A vitalidade da opinião pública, o debate aceso e a crítica mordaz são o nosso antídoto contra a autocracia. Para aqueles que procuram o silêncio, declaramos a nossa irredutível liberdade de pensar e de expressar.
Que seria de nós, indivíduos livres, sem a vitalidade da opinião pública, o confronto de ideias nos debates e a indispensável crítica?! Aos que se deleitam nesta autocracia, manifestamente, a existência de um tal espaço de liberdade é-lhes profundamente perturbadora. E quando essa liberdade se exprime, esses autocratas, revestidos de uma falsa santidade, enfurecem-se, perdem a compostura, ansiando por nos silenciar, por nos intimidar com ameaças veladas, por nos ver como uma praga a ser erradicada, uma ameaça real capaz de abalar o seu poder.
A ironia, beirando a tragédia, reside no facto de que esses mesmos hipócritas ofendidos, que tanto almejam a nossa mudez, convenientemente olvidam que são eles próprios, frequentemente, os artífices de críticas mordazes na arena pública, quando o seu intento é aniquilar a oposição através da difamação e da falsidade. A verdade inegável é que detestam qualquer forma de oposição, qualquer voz dissonante que se atreva a criticá-los. Estes autocratas nutrem ódio por aqueles que se recusam a ser comprados e que não se prostram perante a sua autoridade. Claramente, ignoram a essência da nossa natureza.
Ao contrário de vós, autocratas, por mais desafiante que seja este contexto, não toleramos o desrespeito pelo nosso inestimável património natural, o nepotismo e o clientelismo entranhados na lei e na função pública, nem o saque descarado ao erário público por um grupo restrito de aliados do líder. A Madeira merece um futuro muito mais digno do que ser palco para a arrogância de indivíduos a exibir-se em teleféricos e montanhas-russas. Sim, somos os rebeldes contra esta ordem imposta, mas a nossa rebeldia assenta na humildade.
Graças aos céus, louvado seja o destino, felizmente, para a nossa salvaguarda, a nossa subsistência não depende das migalhas do erário, não está subjugada aos caprichos do orçamento público, não deriva de fundos estatais. Não somos parasitas do erário, nem imploramos a caridade do Estado, nem somos meras marionetas nas mãos do poder estatal, nem vassalos subservientes, nem cativos do Estado, nem dependemos em absoluto do Estado.
Exultemos na liberdade inalienável da expressão! Celebremos o nosso direito inegociável à livre manifestação do pensamento! Que a liberdade da nossa voz ressoe! Que a autonomia da nossa expressão floresça! Basta de subterfúgios, viva a liberdade de dizer o que pensamos! Somos livres, somos a voz da opinião pública e do comentário. Avaliar situações, formular hipóteses, criticar, especular, etc., constitui a dinâmica essencial da Opinião Pública que vós procurais sufocar. Quando nos deparamos com conteúdos que nos desagradam nos órgãos de comunicação social que apoiam esta autocracia, não exigimos a sua censura. Em contraste com a vossa abordagem repressiva, advertimo-vos: atentai com seriedade ao que pensa a Opinião Pública, pois ela é o motor do pensamento crítico e promove a moderação no tecido social. Nenhum sistema dominante pode exercer o poder absoluto sem encontrar oposição. Reflitam sobre isto. Recordem que nós representamos a participação ativa da sociedade civil.
Viva a liberdade de dizer o que pensamos! Somos a voz da opinião pública, avaliando, criticando e resistindo a qualquer tentativa de abafar o nosso pensamento. Atentai, autocratas: a nossa participação ativa é a vossa maior oposição.
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.