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Levado ao colo pelo jornalismo e pelos "prémios"... |
P retendo falar sobre o desafio da sustentabilidade do turismo na Madeira, o desafio entre o crescimento e a preservação da identidade e recursos. Estamos a destruir sim senhor, parece que ninguém se importa, não faz impressão, não pensam no futuro a não ser por mais com a ganância.
A Madeira tem tido um crescimento turístico notável, o que é economicamente positivo. No entanto, isso não traz nada de especial que faça Eduardo Jesus saia do registo como o pior secretário do turismo de sempre. Reparem no seguinte, todos nós sabemos ter sucesso, se valer tudo, assim é Eduardo Jesus, chamou as companhias aéreas ávida por faturar depois da Covid e instalou o caos, expropriou a Madeira dos madeirenses e encareceu tudo.
Se os turistas no incomodam pela quantidade, uma agressão ao nosso espaço próprio, está claríssima a pressão sobre os recursos naturais. O aumento da afluência de turistas sobrecarrega os recursos como a água, a gestão de resíduos e a capacidade das infraestruturas. Mas depois há o impacto no património e na cultura local, a massificação do turismo dilui a autenticidade cultural, leva à gentrificação e torna o dia a dia para os residentes mais difícil (ex: aumento de preços, escassez de habitação). Para além disso, o mais visível, a frequência intensa destrói o património natural. Ele não consegue recuperar, não há intervalos nem estações que valham.
Já estamos a ver no Funchal, é a solução dos oportunistas e da imigração, a monocultura económica dentro de uma insistência no erro do modelo. A excessiva dependência do turismo torna a economia vulnerável a crises externas (como a pandemia demonstrou) e desincentiva o desenvolvimento de outros setores. FACTUAL. Até hoje estou para perceber como não aprendemos nada com a Covid. NADA!
A Madeira está a perder a sua identidade única e genuína, as suas tradições e o seu modo de vida, face à crescente pressão para se adaptar às expectativas do turista! Não são os únicos, há dias fui ao mercado do Santo e só dava música "mira", a quantidade está a engolir os madeirenses na sua terra. Saiu uma imagem demolidora numa publicação na plataforma, as meninas aos pulos no pavilhão que ganhou uma medalha - link - (como se dão prémios?). Estamos já a sair da questão da autenticidade versus turistificação.
Sabem do que ninguém fala? Como tornar possível conciliar a experiência autêntica para o visitante com a preservação do bem-estar e da cultura dos locais? Eu tenho a resposta: menos quantidade e mais qualidade, amigos, regressar ao que éramos! Mas quem faz isso com o precedente e viciação que criaram? Com este tipo de agarrados, trogloditas e malcriados que nos governam não há capacidade de aceitar e agir com base em críticas sobre o modelo turístico atual, fundamental para corrigir rotas e evitar problemas futuros. Os nossos problemas vão aumentar minha gente.
Precisamos de diminuir a quantidade e a frequência (a Madeira não vai inventar para dispersar), promover a diversificação da oferta turística (turismo de natureza, cultural, de bem-estar, etc., de forma mais aprofundada). Voltarmos ao turismo que interessa e que os outros destinos perseguem, incentivar um turismo de maior valor acrescentado e menos impactante. Desculpe que vos diga, acabar com os rascas.
Precisamos de investimento PÚBLICO em infraestruturas verdes e gestão eficiente de recursos. Vamos cambada de bons, mostrem o que valem. Mas também precisamos de um maior envolvimento das comunidades locais na gestão e planeamento do turismo. O turismo não pode ser o que Eduardo Jesus ordena como Albuquerque escolhe candidatos.
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