Ao digníssimo(a) autor(a) do texto: Quo vadis (IN)segurança social


Quo vadis (IN)segurança social (link)

A dita chica-esperta, a autoproclamada miss Salazar e a improvisada mrs. simpatia não ascenderam aos lugares que ocupam por mero acaso ou mérito intrínseco. O percurso explica-se por duas ou três razões convergentes, facilmente intuídas: filiação conveniente, enlace oportuno ou intimidade seletiva.

Mesmo admitindo, em tese, a hipótese da competência, correríamos o risco de acordar mortos amanhã, terminantemente proibido!!!

Denunciar, ainda que sob anonimato, evidencia que o destino desta gente não se decide por competência, mas pela aritmética viciada de votos repetidos em favor dos mesmos, sustentada por quem detém o monopólio das influências e perpetuada pela abstenção confortável dos que se queixam mas se eximem do dever cívico. Galinhas há muitas, poleiros são poucos, e é nessa escassez que nascem contendas internas, mesquinhas e previsíveis, onde umas bicam as outras para conservar migalhas de poder, mesmo sabendo que é ilusão. Princesas, sois descartáveis a todo o tempo.

O que se poderia esperar de uma chica-esperta que ascende pisando calcanhares alheios? Submetê-la a uma entrevista formal, ou a uma simples abordagem de rua, já seria um feito notável: é manifestamente inviável exigir da senhora (?) a articulação de um discurso minimamente estruturado, composto por duas ou três proposições em linguagem formal convencionalmente aceite, pois, sociolinguisticamente, pode-se retirar a Maria do bairro, mas jamais o bairro da Maria, tão limitada quanto um relógio parado, ainda que contenha as horas de boas nutrições.SQN!

Quanto à salazarenta, o seu percurso é elucidativo: foi “montada” para o cargo que ocupa, eliminando deliberadamente aqueles cuja competência e mérito legítimos fariam jus à posição. Tal constatação não surpreende: conhecemos-lhe o percurso, revelando caráter e limites da integridade moral. Pois é, bebé!

No caso da miss very simpatia, impõe-se a pergunta: quem teve coragem de obstar a tão questionável nomeação? (Nem ela!) No quadro da legalidade, a inação perante tais arbitrariedades é admissível? Há técnicos instruídos quanto aos procedimentos, mas, na prática, alguém agiu, ou limitou-se a murmurar nas sombras, denunciando apenas através deste canal especial, perpetuando o “especialismo” estéril e crítica sem efeito prático.

Quanto ao mérito, desafio o autor a nomear, com rigor, cargos de chefia que resultaram de competência reconhecida e não de afinidades, favores de ocasião ou conivências na (in)segurança social. O concurso, por si só, nasceu sob o signo da vergonha e terminou na desgraça institucional. O júri, débil na composição e frágil na atuação, teria suscitado arguição de nulidade por violação dos princípios da imparcialidade e transparência procedimental.

Enquanto o temor da represália prevalecer sobre espírito de coesão coletiva e mínima higidez psicológica do corpo de serviço, permaneceremos numa lógica de silêncio cúmplice, onde a omissão se converte em regra tácita de sobrevivência.

Entretanto, importa sublinhar que o DAS está cheio de individualidades cuja incompetência é apenas superada pela vaidade performativa, autênticas maximus fantasticus de corredor, que alardeiam méritos inexistentes como se títulos monárquicos se tratassem.

A paisagem interna do DAS vai da feneca de 39 polegadas, intocável há anos, passando pela estrela de palco menor, mas com cadeiras largas e bimby´s para vender, até à representação da dama do ressentimento perpétuo, dotada de mais azedume e rugas do que competência, mas que se perpetua em funções. Todas destacam-se na arte da distração, da camuflagem e no manejo oportuno do abanico alheio. Todavia, permanecem obstinadamente no seu posto, como se de uma herança putrefacta se tratasse. O ISSM não atinge o expoente máximo esperado porque a liderança se encontra imersa em narcisismo; ego e vaidade eclipsam a missão intrínseca desta casa outrora veneranda. E que se saliente, que assessorar amigas, não é liderar.

Cumpre lamentar pelo verdadeiro corpo de assistentes sociais e educadores sociais que, diariamente, desempenham funções com denodo, diligência e sentido de dever, pautando-se pela dignidade, respeito e cuidado pelo outro. Ainda existem tais profissionais, raros, base sólida para futuros cargos de liderança; porém, continuam a ser marginalizados ou ignorados no esquema hierárquico vigente.

Ao subscritor do texto, cumpre-me observar que, tendo optado pelo uso de terminologia e construção jurídico-formal “quo vadis” em matérias que não serão julgadas, apenas se me afigura plausível acrescentar que, conhecendo a astúcia das protagonistas, a resposta antecipável não passará de um previsível e acomodado ne bis in idem, ainda que pela boca de quem vê, serão consideradas livore languescunt.

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1 Comentários

  1. Adorei o texto. Muito bom!!! Quem muito trabalha, ou trabalhou, não é valorizado. Valorizadas, são as lambe botas...!!!

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