Ganhei coragem e atrevo-me a escrever ao Madeira Opina, que como o próprio nome indica, é um espaço de opinião livre. Talvez o único meio de expressão livre nesta ilha.
J á fui emigrante durante largos anos, mas a Fajã da Ovelha é o lugar que me viu nascer e levo no coração para todo o lado. O que vejo atualmente é que esta freguesia está a ser delapidada sem escrúpulos pelos gananciosos e gananciosas.
Terrenos de boa prática agrícola, estão a ser utilizados para habitação de luxo, e os agricultores que ainda resistem veem com receio e desconfiança esta mudança violenta e invasora. Temos culpados e culpadas nesta ambição cega.
Com boas técnicas de persuasão e oratória, conseguem convencer os mais vulneráveis, os idosos, a se desfazerem do património da família que levou anos a manter.
E numa questão de dias chegam fedelhos e fedelhas bem falantes com conversas mansas e de empatia, tipo cigano, que lhes dão a volta ao juízo. Conseguem extorquir prédios rústicos e urbanos a preço de semilha...
Isto é revoltante, são situações como estas que surgem um pouco por toda a ilha. Mas na minha freguesia são uns descarados e umas descaradas.
A propósito de um artigo de opinião A falsa independência e o jogo de bastidores na Calheta, ainda mais revoltado fico com a forma porca e suja como tentam denegrir o candidato independente, apoiado pelos partidos CDS,PS, etc.
Só tenho a dizer que o voto é secreto, e vota e apoia quem quer e quiser... Já conheço os candidatos à Junta: PSD versus Independente. E claro, graças às tecnologias, fui verificar o trabalho de cada um nas redes sociais.
Um surpreendeu-me pela positiva, enquanto que o outro candidato destaca-se/rege-se por outros interesses e valores.
No Facebook dos favoritos, foram apresentados a equipa sensação de celebridades com um invejável currículo de topo, com qualidades extraordinárias, roçando o ridículo: mais parecia uma declaração de amor ao futuro tesoureiro, pois só faltaram os morangos e chantilly.
Não vejo nada de concreto para aguçar o apetite dos fajã-ovelhenses. Aguardo, pois tenho tempo para conhecer o manifesto. Será um programa fantástico como o tesoureiro? Fiquei curioso.
Do outro lado, do lado da candidatura independente apresenta-nos pessoas reais, como nós, que se deparam com os mesmos problemas e adversidades do dia-a-dia.
Vejo interesse em mostrar soluções pois lançaram alguns temas que afligem o quotidiano: agricultura, segurança, turismo, enfim as pessoas. É disto que se trata.
Ninguém é perfeito, mas enquanto cidadão eleitor já tomei a minha decisão. Não querendo ser tendencioso, provavelmente já acertaram no meu sentido de voto.
E porquê? O Prof Delfim Lourenço, é filho da terra e conheci o senhor seu pai. Foi um bom homem e basta-me essa razão para depositar confiança numa equipa de pessoas sérias, responsáveis e dedicadas.
Muito obrigado ao MO por esta oportunidade.
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