Porcaria no mar e as dualidades ambientais (políticas)



A ETAR em Santa Cruz despeja águas por tratar no mar, é péssimo, estou completamente de acordo com o Governo Regional. É que se por um lado o plano B é lançar no mar, por outro vamos vendo que uma ETAR, relativamente nova, está dias consecutivos a lançar águas sujas para o mar sem conseguir estancar, ou seja, existe um problema grave mas qual deles? Excesso de efluente por tratar devido ao subdimensionamento perante tanta gente que chega à Madeira? A massificação do turismo e residentes da bolha? Aqui, até o GR pode ser culpado pelas suas políticas de turismo, bolha imobiliária ou imigração. Mas também pode ser uma deficiente idealização do projecto? Ninguém pensou no plano B em caso de falha ou avaria, um plano de contingência? Há muitos "Eduardos Jesus" por aí, primeiro faz-se, depois estuda-se. Até aqui o GR tem razão, ao ponto de abafar a questão política premente das suas políticas.

Agora vamos a outro lado, por exemplo ao já tradicional Lido onde surgem as denominadas "Algas Prada", aquelas que boiam. Quantos anos já passaram e o problema persiste? É calcular pelos mandatos da senhora. Mas como poderia se manifestar sobre a pressão hoteleira no saneamento básico se o marido contribui e é política do GR encher de gente para alimentar a bolha da construção. Eu diria que "o bom: há obras que marcam o mandato de um governo. No Funchal, essa obra chama-se ETAR." - João Paulo Marques, que no mau também é selectivo, é aguardar por próximos escritos sobre o mal alheio. Fecho o parêntesis, e vamos a outro lado...

A Praia do Vigário em Câmara de Lobos, as imagens enviadas (no topo deste texto) são das 16:49h, de ontem, dia 11/08/2025, de novo mais despejos de efluentes por tratar. Se no início do meu texto dei razão ao GR, no decorrer do mesmo sou levado a observar a dualidade de critérios, parece a Justiça para ricos e a Justiça para pobres, assim, existe atuação das autoridades sobre os oponentes que abafa os pecados próprios do mesmo partido, retratados no Funchal e em Câmara de Lobos, e, calculado pela dimensão do controlo, concluímos que coam-se mosquitos para engolir camelos.

O GR reganha autoridade e razão no dia em que percebermos que não se faz política (parece que há uma nova ARM-Política em campanha, de águas limpas para águas sujas), mas atua em conformidade com a mesma lei para todos, inclusivamente para câmaras do mesmo partido. O ambiente não tem partido.

Eu não tenho duvidas de que estamos perante a INSUSTENTABILIDADE da política de Turismo do Eduardo Jesus, e Mão de Obra e Bolha Imobiliária do Miguel Albuquerque.

Não queria terminar sem mais um exemplo, sem querer abrir o livro porque há mais! A lagoa da foz da Ribeira de São Jorge, alegadamente da hotelaria da zona...



Nota final: não sou o jornalista do DN que faz política ao domingo em favor do emprego dos amigos, mas neste caso, apesar de ainda não ter tratado do seu problema, a afirmação da Élia Ascensão, para se "limpar" - "São situações que acontecem um pouco por toda a ilha" - tem razão de ser. É uma verdade inconveniente! A montante dos problemas visíveis temos más políticas do GR que geram INSUSTENTABILIDADE!

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