O Chega em Portugal manobra eximiamente as redes sociais, de uma forma populista e com resultados, estão a conseguir galgar para o poder. A partir daqui, vemos que na Madeira o povo superior afinal não é uma miragem, porque com toda a gente que não larga o telemóvel, vão para o contacto pessoal pensando que terão mais sucesso, quando todos são hipócritas a receber bem e a dizer o que os senhores dos partidos desejam. Vimos nas Regionais que se vendem por pouco (querem estabilidade... dos já ricos), situação ainda mais eficaz do que as redes sociais, comprar as pessoas com dinheiro e serviços públicos (temos um da mesa da assembleia da CMF que esfumou-se, um exemplo), se a oposição não tem dinheiro para comprar a comunicação social e eleitores, logo a via do Chega é a mais razoável e chega realmente a todos. Não estará aqui a eficácia?
Por outro lado, estamos a ver em directo pelo senhor jornalista João Filipe Pestana, como anda o jornalismo real desta Região, será que as pessoas notam? Temos jornalistas com emprego para a mulher, jeitinhos em serviços públicos, almoçaradas a combinar notícias tal e qual os "obreiros" desta região fazem com secretários e pessoas com influência nas adjudicações. É estranho, ou não, que um jornalistas delire em ver a censura, que minta descaradamente para arranjar tema no Planeta do Diário de Notícias ao Domingo. Está claríssimo, através deste exemplo, o grau de comprometimento do jornalismo regional com os objectivos do PSD Madeira através do poder e dinheiro público. Mais uma vez temos o Chega com razão, e mais, foi tão eficaz que agora o jornalismo nacional é que lhes dá tempo de antena, não por serem o segundo partido mais votado, mas porque a sua postura beneficia os shares. Imaginem como não funcionaria a cabeça dos jornalistas da Madeira se o Chega estivesse próximo do poder na Região, vendiam-se igualmente ao Chega para não sofrerem censura, para quê se gostam tanto?
O ambiente Regional é feito de muito ruído sem qualquer sentido, é uma luta de medos e mentiras para manipular as pessoas dos dependentes, o jornalismo é de poder e dos seus proprietários, as notícias são meias verdades e destacadas as partes de propaganda (quando não é na íntegra), muitas vezes escritas pelos assessores dos beneficiários dos elogios gratuitos. Só dão crescimentos empolados sem nunca noticiar os reversos da medalha, as estatísticas não são fiáveis e basta estar atentos porque as próprias notícias se contradizem ao fim de algum tempo. O Governo é hipócrita, é um assalto dos amigos que se configuram em poder e que cada vez mais gasta o dinheiro em tretas e políticas que afundam os madeirenses. Os madeirenses estão a perder tudo, o seu poder de compra que era frágil, as finanças públicas estão dedicadas a alimentar os empresários do poder, em obras megalómanas, em hobbies dos ricos, a tornar a habitação uma completa miragem, porque o modelo económico paga mal e a riqueza não é distribuída. Por outro lado, estão a seguir um modelo Liberal onde o dinheiro paga tudo, transitando o modelo social para os lobos dos monopólios, da saúde, dos lares, das obras, tudo vai contra o madeirenses.
Contudo, o madeirense quer estar junto de quem supostamente ganha, para ser um vencedor pobre, é com essa mentalidade que se afunda cada vez mais, indo na conversa de que os outros nunca prestam. Normalmente em ambientes criados pela comunicação social do João Filipe Pestana e outros.
Sei para onde caminhamos, a terra natal desprovida de madeirenses, eles permitiram o êxodo, o extermínio com o Inverno demográfico, a montagem total de um sistema de roubo onde só falta alterar o político administrativo e dar um jeito na Constituição. Entretanto, vão se enchendo de povo superior, festas, mentira e poncha, vendo fotos e títulos dos seus heróis carrascos.
Quem está a falhar? O povo. Que vê, resigna-se e dá guarida, normalização e legitimação.